Capítulo 27

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Perdoem possíveis erros, não consegui revisar esse capítulo. E, se gostar, por favor deixe seu voto ☺
Boa leitura angels!
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》Eu só queria saber, como que vocês conseguiram convencer ela a testemunhar de novo? – o delegado perguntou, entregando um copo de café para Maria.
Shawn sorriu, vendo o olhar inocente nos olhos da moça ao seu lado. Quem a olhasse jamais imaginária que a poucas horas ela tinha dado uma surra em outra mulher.

》Ah, nada que um pedido sincero não resolvesse. As pessoas não são tão ruins, no final... – a moça respondeu, lançando ao delegado um sorriso inocente. Shawn quase podia ver as asas e a auréola dela. O delegado apenas devolveu seu sorriso, verdadeiramente impressionado e feliz, e continuou o assunto.

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》Como assim? Ele não pode fazer isso tão facilmente, não é? – Flávia perguntou, tentando não parecer tão aflita quanto estava de fato.

》Ao que parece, pode sim. Se ele se envolver com as pessoas certas, pode não ser tão difícil levar a Letícia de volta pro Brasil. E, lá, ele vai se sentir muito mais seguro, afinal vai estar em terreno conhecido. – Luiza respondeu, sem tirar os olhos da garrafa de vodca saborizada que tinha em mãos. – Pelo que aquela outra vaca contou, ele quer levar ela pro Brasil e começar de novo. Novos nomes, nova casa, uma nova vida pros dois, sem nunca deixar ela em paz.

》Ele não vai fazer essa merda, mas não mesmo! Como que uma pessoa se acha no direito de fazer uma coisa assim com outra, meu Deus... – Shawn falou. Luiza riu, atraindo a atenção dos outros.

》É lógico que ele não vai fazer essa merda! Nem que eu tenha que arranjar um jeito de dar um tiro no cú desse filho da puta... – ela quase rosnou. Seus olhos, vermelhos pelas lágrimas não derramadas, mostraram aos outros presentes o quanto ela estava em seu limite. A maioria ali não conhecia a moça a muito tempo, mas todos sabiam que ela não chorava facilmente. – E aquela vagabunda desgraçada não soube nem dizer exatamente onde ele estava, apenas a região. Uma inútil até com a cara quebrada...

》Lu, acho que é hora de tomar um café e ir pra cama baby – Nash se pronunciou, segurando os braços dela em um meio abraço. A menina concordou, logo se despedindo e indo pro quarto.

Shawn ainda ficou ali na sala por um tempo, se sentindo na obrigação de tentar confortar e alegrar um pouco a sogra. Ele tinha percebido, no pouco tempo que ela estava li, que a mulher estava tentando não se deixar atingir pela realidade da situação e, assim, não desmoronar. Ele entendia um pouco daquela dor, mas sabia que para Flavia ela devia ser infinitas vezes pior.

Antes de adormecer naquela noite, com a cabeça entre os travesseiros que já começavam a perder o cheiro de sua amada, ele fez uma prece silenciosa a qualquer poder maior que pudesse ajuda-los a encontrar logo sua garota, e que ela estivesse bem.

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Letícia respirou fundo antes de, calmamente, dobrar uma perna e um braço ao lado da cama, afim de abrir a tranca da corrente em seu tornozelo com um grampo de cabelo que ela tinha achado naquela tarde. Ela sentiu o homem ao seu lado se mexer e murmurar e paralisou no lugar, prendendo a respiração imediatamente. Por sorte, Lucas não acordou.

Logo ela ouviu com satisfação o fecho dar um pequeno clique e então abrir, liberando sua perna da corrente. O pulso já estava solto, graças a um pequeno descuido de Lucas.
Naquela tarde, o homem tinha entrado no quarto muito mais feliz do que o normal, com vinho e duas taças, e soltado a mão de Letícia para que ela pudesse brindar com ele. Como resultado, ele tinha ficado tão bêbado que riu até das birras da moça, antes de se deitar com ela e capotar de sono, deixando-a meio solta.

Voltando ao presente, a moça esperou um momento para ter certeza que Lucas não tinha sido despertado pelo barulho da tranca se abrindo. Quando nada aconteceu, ela lentamente se afastou de homem deitado e se levantou, silenciosamente caminhando até a porta, que também estava destrancada por descuido de Lucas.

Ela agradeceu aos céus por toda a sorte que estava tendo.

Surpreendentemente, Letícia conseguiu atravessar a casa sem muita dificuldade. Aparentemente, Lucas pretendia fazer coisas movidas a álcool com ela e não queria os dois capangas por perto. Porém, assim que conseguiu abrir a velha porta da frente, ela se deparou com vários cães enormes, o que imediatamente a paralisou.

Ela sabia que aqueles animais não estavam ali somente como cães de guarda. Lucas estava brincando com a mente dela, usando um de seus maiores traumas. E tinha funcionado, ela não conseguia se mexer, e os cachorros continuavam a fazer um barulho infernal.

》Tsc tsc tsc. Que coisa feia docinho, correndo no meio da noite. Não ia nem me dar um beijo de despedida? – ela ouviu a voz grossa as suas costas, chegando até ela junto com uma mão puxando rudemente seu cabelo. Lucas falava em um tom baixo e controlado, obviamente não permitindo que a raiva que sentia se mostrasse por inteiro.

A moça não conseguiu falar nada antes que Lucas lhe acertasse com soco que a teria feito cair, se o aperto dele em seus fios não fosse tão forte.

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