Capítulo 29

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》 Hey! Como esta? – Luiza perguntou, entrando no quarto da amiga. Viu a outra moça vestida em um pijama em forma de unicórnio, e sorriu, feliz por tê-la em casa de novo. Ela própria usava um pijama em forma de panda.

(N

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(N.A.: O da Letícia 👆)

(N.A.: O da Luiza 👆)

Shawn tinha saído a apenas alguns minutos, afim de deixar as três mulheres matarem as saudades com mais tranquilidade, e Flávia também tinha ido pra cama a pouco.

》Oi! Eu estou bem, não se preocupe. – a moça mais nova respondeu, já sabendo o que se passava na cabeça da amiga. Desde que tinha posto o pé pra fora do hospital, naquela tarde, Luiza tinha assumido a missão de garantir que ela não estivesse sentindo nada de incomodo.

》Que bom. Pode vir comigo um instante? – ela perguntou, com um  sorriso travesso nos lábios. Letícia concordou, e logo se viu sendo guiada até a sala de estar.

》Não faz ideia do quanto eu senti a sua falta, e do quanto foi difícil passar por tudo aquilo sozinha. Juro por Deus, Shawn parecia uma criança traumatizada. Se me deixar sozinha assim de novo, eu mato você. – ela disse, rindo como não fazia a algum tempo. –Então, pra comemorar, eu organizei uma “noite de folga” para a gente. – ela completou, finalmente permitindo que a amiga visse a sala.

Na mesinha de centro havia uma bandeja cheia de guloseimas, e outros potes de comida se acumulavam no chão ao redor. Ela podia ver cookies, de chocolate e de baunilha com gotas; salgadinhos; pipoca, doce e salgada; refrigerantes; leite quente; amendoim; confeitos de chocolate, e alguns tinham amendoim também; bolinhos e café, é claro. A TV estava conectada a Netflix, e havia duas mantas no sofá.

》Eu amei essa ideia! Obrigada – ela disse, dando um aperto a mão da amiga. Podia sentir seus olhos marejarem com a demonstração de carinho, tão simples, depois do que parecia uma eternidade longe. – E então, o que vamos ver? – ela completou, puxando a amiga para o sofá e alcançando alguns chocolates.

》Você escolhe, convidada de honra. – Luiza respondeu, dando uma risadinha meio debochada. Letícia fingiu pensar por um tempo, antes de se virar e responder a amiga, com um sorriso no rosto. Não era como se a mais velha já não tivesse adivinhado a resposta.

》Supernatural? – Luiza riu e concordou, dando play na série.

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A luz forte a incomodou quando Letícia abriu seus olhos, então ela tornou a fecha-los. Depois de abri-los novamente, demorou alguns instantes para reconhecer o lugar onde estava, uma vez que restava tão sonolenta que mal lembrava seu nome.
Ela estranhou estar quente e confortável deitada ali, estranhou o cheiro agradável de flores e café, estranhou não estar no escuro e poder sentir uma brisa tocando sua pele.

Então ela se lembrou. Estava em casa, finalmente estava de volta em casa.

Definitivamente estava deitada, ou seria melhor dizer largada, no sofá da sala, com um cobertor colocado em cima de si. A luz forte vinha do sol, brilhando alto lá fora, que entrava pelas grandes janelas, que estavam abertas. A sala estava um pouco bagunçada, com copos, potes e restos de lanches espalhados pela mesa de centro, que ela e Maria tinham tido muita preguiça pra arrumar na noite anterior. Seu celular não estava por perto, então ela não tinha como saber que horas eram exatamente. Afinal, ela nunca se lembrava do relógio que Maria tinha feito questão de ter na sala.

“Mas onde diabos está aquela menina?” ela pensou, passando os olhos pela sala.
Como que em resposta a esse pensamento, encontrou a amiga descendo as escadas, com cara de sono e vestindo jeans e um moletom preto, assim como tênis. Provavelmente tinha sido atraída pelo cheiro de café.

》Bom dia flor do dia

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》Bom dia flor do dia. Desculpa ter te largado aí, mas era impossível te levar pra cama. Graças a Deus você fez café, porquê eu tô morta. – ela disse, já caminhando para a cozinha.

》Eu não te fiz café não doida, acabei de acordar. Deve ter sido a mamãe. – ela comentou, calçando suas pantufas e indo atrás da amiga. Estranhou o fato da garota estar estacada no lugar, não multo longe do sofá, com uma expressão alarmada no rosto.

》Não. A dona Flávia ainda tá dormindo, eu passei pelo quarto dela.

》Então que caralhos? – ela perguntou, recebendo como resposta uma sobrancelha arqueada. Ela quase podia ler o olhar dela, como se dissesse “Uau, falou muito bem, mestre da comunicação. E como é que eu vou saber o que está acontecendo?”
Luiza apenas continuou andando para a cozinha, e foi seguida de perto pela amiga. Assim que entrou lá, viu as costas de um homem alto, vestido em uma camisa escura, que parecia muito atarefado mexendo em alguma coisa no fogão. Ela suspirou.

》Shawn, meu querido amigo, que porra você tá fazendo na minha casa logo de manhã enquanto todo mundo tá dormindo?

Ele se virou, segurando um prato de ovos mexidos, e sorriu. Apenas aquilo, um maldito sorriso maravilhosamente brilhante, e Letícia quase derreteu ali mesmo, no chão na cozinha. Luiza ainda parecia brava, mas ela sabia que nunca conseguiria ficar realmente brava com a criatura adorável que era seu namorado.

》É a primeira manhã de Letícia de volta ao lar, então eu vim fazer o café! O porteiro me deixou entrar. Hale, certo? – Maria confirmou com a cabeça.  –  Aliás, por que ele tem uma chave? – ele acrescentou, desfazendo o sorriso e enrugando o cenho. Letícia estava achando quase engraçado ele estar com ciúmes, algo tão infantil, até ver um dos olhos de Luiza tremendo um pouco. 

Oh Deus, os dois estavam com ciúmes. A diferença, era que Shawn não tinha motivo pra ter ciúmes, mas Luiza estava vendo suas motivo parado na sua frente, com ovos mexidos. Ela rapidamente deu um passo a frente, e pôs uma mão no ombro da amiga, que é estava ligeiramente mais a frente agora. Ela pode senti-la respirando fundo, controlando a própria língua.

》Porque eu dei a ele. – ela disse, respondendo o rapaz, e não tocando no ponto de que ele tinha praticamente invadido seu apartamento pra fazer café da manhã para sua melhor amiga. – Ethan é de confiança, e eu me sinto melhor sabendo que ele tem uma copia da chave, para o caso de alguma emergência acontecer. – quando terminou de falar, ela já tinha uma xícara de café nas mãos, que não demorou a beber, completamente puro. Ela soltou um longo suspiro logo depois, visivelmente relaxando um pouco, e Letícia sabia que era por causa da cafeína. Pela primeira vez, agradeceu pelo vício que sua amiga tinha em cafeína, porque ela quase podia ver a moça jogando aquelas panelas em Shawn em um futuro próximo.

Depois de beber algumas xícaras de café e comer alguns biscoitos e um pequeno pão recheado, ela avisou que ia sair. Letícia a observou pegar o celular e a carteira, os enfiar nos bolsos e caminhar até a saída, apanhando suas chaves no caminho. Definitivamente, ela ainda estava brava.

》E então, café? – o rapaz perguntou, lhe lançando um enorme sorriso.

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