O primeiro - Porão

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*Uma semana, após a chegada das novas freiras, se passou. Com Solange e Carie no mesmo quarto que eu, eu não poderia matar meus animais em paz, e isso estava me deixando louca. Eu precisava descontar a minha raiva em um corpo pequeno e indefeso, mas com uma morta de fome e uma curiosa no mesmo quarto que eu, seria impossível*

-Bom dia, Ange e Amelie! -Carie fala empolgada, saindo do banheiro.

-Bom dia, Carie! -Solange responde não tão animada.

*Solange já estava de pé e arrumada para ir pra escola, e eu, como sempre, atrasada.
Carie estava com uma camiseta regata branca, uma sapatilha preta e uma saia cintura alta amarela, que doía meus olhos. Aquela saia definia ainda mais seu físico acima do peso.
Solange estava com uma calça jeans preta, uma camiseta branca regata, assim como Carie e um all star. Seu cabelo longo estava preso num coque.*

(~~~~)

*Assim como toda manhã chata naquele orfanato, tomamos café, ouvimos Dalastra falar e fomos para a escola.
Solange não tinha caído na minha sala, mas pro meu azar, Carie, a estranha, caiu na mesma sala que eu e sentava na minha frente. Ela tinha se inturmado com Egon e Hillary, o casal mais safado de New Orleans e parecia interessada no que Egon falava que nem prestava atenção na aula. Uma bolinha de papel bate na minha cabeça e cai no chão. Me viro para ver quem foi o filho da puta.*
*O garoto que eu tinha colocado alfinetes no sapato estava lá no fundo, acenando para mim. Ele quer ser furado de novo?*

-Professor, posso ir ao banheiro? -ele pede ao professor, mas seu olhar se matém fixo nos meus olhos.

*O professor confirma. Tinha sacado a dele, ele queria que eu fosse atrás. Então vamos fazer o joguinho desse babaca.*

-É... eu não estou bem! -Saio da sala logo em seguida, pouco me importando para a resposta do professor.

*Sigo pelos corredores à procura do garoto, mas não o achava. Aquilo já estava me deixando estressada. Ultimamente tudo me deixava estressada e com ódio. Eu precisava matar meus animais, mas com aquelas vadias lá, não dava.
*Passo na frente do porão e a porta se abre. Uma mão me puxa para dentro bruscamente, me jogando com força no chão do porão. Era ele, o garoto dos alfinetes.*

-Que droga é essa?! -pergunto, sentindo uma dor nas costas por conta da queda.

*Agora eu o via claramente. Ele estava rindo e na sua mão esquerda tinha um canivete.*

-Agora é a minha vez, Amelie!!! -ele fala com ódio e tranca a porta do porão.

*Ele vem rapidamente na minha direção para cravar o canivete na minha perna, mas desvio a perna pro lado e me levanto do chão*

-Eu acho melhor você parar! Já te furei uma vez! -falo ofegante, me afastando dele.

*O garoto não me ouve e vem novamente na minha direção. Ele estava puto comigo, mas ele tinha me zoado na frente da escola inteira, eu tive que revidar.
A raiva estava vindo cada vez mais. Eu estava tentando me controlar, mas ele acertou o canivete no meu braço, dando um leve corte, mas que doeu. Solto um grito baixo*

-Sua putinha, gostou disso? É bom ferir os outros não é? -ele fala alto. O garoto estava fora de si. Mas agora eu também estava.

*Corro pra cima dele e jogo meu corpo em cima do seu, fazendo os dois irem pro chão. Dou socos na cara dele e o canivete cai longe de nós dois. Ele revida os socos, rolando e ficando em cima de mim.
O corpo forte e pesado dele estava me sufocando. Os socos eram como pauladas no meu rosto. Grito com dor.*

-Agora eu vou foder você, sua cadela!!! Vou te comer todinha! -ele para os socos e aproveita que estou cansada e começa a abrir minha calça.

*Me sinto como a treze anos atrás, no chão do banheiro, com meu pai em cima de mim, sem eu poder me defender. Mordo forte meu lábio e fecho minhas mãos com força.*

-Você não vai fazer isso de novo!!!

*Olho pro rosto dele e, era meu... pai. O rosto do meu pai estava ali, tentando fazer a mesma coisa novamente.*
*Sinto uma força dominar meu corpo e olho pro meu lado. Nossa briga tinha resultado nos uniformes das líderes de torcida no chão, e, ao meu lado, tinha um cabide de aço. Estico meu braço, enquanto meu corpo luta contra o corpo dele, para que ele não penetrasse em mim. Pego o cabide.

-Você não vai fazer isso de novo, papai!!!

*Grito alto e enfio o cabide no olho do garoto, fazendo ele cair pro lado, gritando e se contorcendo de dor. Seu olho sangra. Lembro-me dos meus hamster's quando eu os matava. Era igual, porém o corpo dessa vez era bem maior. Sorrio. Sinto um prazer incontrolável tomar conta de mim. Era estranho, mas eu gostava daquilo. Gostava de ver ele sofrer.*
*Puxo ele pelos ombros e bato as costas dele no chão, fazendo ele ficar de barriga pra cima. Me sento nas pernas dele e sinto o volume na sua cueca. Puxo o cabide de aço do olho dele, fazendo jorrar mais sangue e fazendo ele gritar de dor. Enfio no outro olho e aperto mais forte, afundando a ponta do objeto cada vez mais.*

-Isso é bom, papai? É bom sentir dor, não é? Agora você sangra como eu sangrei aquele dia!!!

-EU NÃO SOU SEU PAI!!! AMELIE, ME DESCULPA!!! EU TE DEIXO EM PAZ!!! -ele fala desesperado.

-Xiu... não precisa falar mais nada. Você tem um garotão entre as pernas, não é papai?

*Sorrio pra ele e  enfio minha mão na sua cueca, puxando seu pênis para fora. Ele ainda estava ereto.*

-AMELIE, PARA!!! PELO AMOR DE DEUS, PARA!!!

-Deus? Você acredita mesmo que ele existe? -Solto uma gargalhada e puxo o cabide de seu olho, fazendo todo seu rosto ficar coberto de sangue. -Deus não existe!!!

*Coloco a ponta do cabide no buraco de seu pênis, onde a urina sai. Vou enfiando cada vez mais fundo, ouvindo ele implorar. Seu corpo estava fraco, por isso não reagia. Me levanto de cima dele e vou até a prateleira de acessórios para cozinha. Pego uma faca.*

-É bom entrar no corpo dos outros, não é, papai?!

-Amelie... por favor, para!!! Eu faço o que quiser!!! SOCORRO!!! -ele grita, mas seu corpo está fraco.

-Pode gritar! Ninguém vai te ouvir. Você escolheu o melhor lugar para me atacar... -vou me aproximando dele com a faca. -...um lugar onde ninguém vai ver nada...-paro na frente de seu corpo no chão -... e um lugar onde ninguém vai escutar nada!!! -Me abaixo ao lado dele e começo a esfaqueá-lo frenéticamente, rindo. Ele grita.

(~~~~)

-Amelie Gorget, onde estava? Passou o dia todo na escola? -Dalastra pergunta logo quando piso os pés no orfanato.

-Sim. Estava fazendo o trabalho de... anatomia humana. -sorrio para ela e mordo meu lábio, lembrando do corpo trancado no porão. Subo pro meu quarto e por sorte, as garotas não estavam lá. Me tranco no banheiro e me olho no espelho. Começo a chorar.

*Tiro minha jaqueta preta, denunciando o corte que o desgraçado tinha me dado. Abro o armário da pia e pego uns curativos. Me olho novamente no espelho.*

-A culpa não foi sua. Ele que atacou primeiro! -Escorre uma última lágrima. -Você é linda, Amelie!

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hihihi um já se foi... quem será o próximo(a)? Comentem! É importante para eu ver se estão gostando. Amelie foi longe demais ou não? Até o próximo capítulo! ♡

AmelieOnde histórias criam vida. Descubra agora