Este capítulo é dedicado aos leitores DeyCordeiro, que deu o apelido da nossa querida Amelie e JuniorFGFC820, que indicou essa magnífica música! ♡
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-Parece que você não tem ninguém, querida.
-Mas não tenho, mamãe. Eu não tenho ninguém.
*Era um lugar completamente claro, onde as luzes brancas doíam minha cabeça. Minha mãe estava lá, com um vestido longo e branco, que arrastava no chão. Seu peito esquerdo estava manchado de sangue. O sangue parecia vivo e fresco, mas mamãe não se importava com aquilo. Seus longos cabelos loiros estavam arrumados, mas também sujos de sangue. Eu ficava ali, sentada numa maca de hospital, com minha mãe ao meu lado. Nada fazia sentido. Eu via apenas algumas coisas, pois o resto estava completamente embaçado.*
-Mas é claro que tem, Maley. -ouço ela me chamar pelo meu apelido. Faziam anos que não me chamavam assim.
-Eu não tenho ninguém! Eu... eu sou diferente, mãe! Eu sou... -tento terminar.
-Exótica! -ela sorri meigamente. -Isso é bom! Amelie Donovan é uma espécie rara! Em meio a tantas garotas mimadas, que acham que o mundo é perfeito, você é a garota que vive a realidade do nosso mundo, quer dizer, do seu mundo! -ela passa suas mãos em meus cabelos loiros. Suas mãos também estavam com sangue e acabam sujando meus cabelos e meu rosto.
-Amelie Donovan... -repito meu verdadeiro nome. -Depois que o papai nos matou, ninguém nunca mais me chamou de... Amelie Donovan... -sorrio. -Eu prefiro Gorget, mamãe! Eu sou Amelie Gorget!!! -meu coração acelera. -EU SOU AMELIE GORGET, MAMÃE!!! -minha respiração fica densa e ofegante. Meus olhos ficam arregalados. -EU SOU AMELIE GORGET!!!
-Sim, querida! Amelie Gorget!! Uma versão madura da garotinha do banheiro!! -ela sorri meigamente, como fazia à anos atrás.
-MAMÃE, EU NÃO PRECISO DELES, POIS EU TENHO A MIM MESMA! PORQUE EU SOU AMELIE GORGET!!! -começo a gritar.
-Minha Amelie! Minha Maley! Minha criança que cresceu e que vai fazer de tudo para se sentir bem!!! -ela fala docemente.
-ISSO!! -esboço um sorriso macabro. Meus olhos estavam completamente arregalados. -Mamãe... sabe o que eu gosto de fazer?
-Diga-me, querida!
-Eu gosto de ver as pessoas sangrarem!! -mordo meu lábio, sorrindo.
-Então faça!
-Fazer elas sangrarem, mamãe?
-Isso, querida! Faça!! Faça, Amelie!! FAÇA!!! -Ela tira as alças do vestido, que ficavam em seus ombros e se despe na minha frente. As facadas que papai tinha dado nela estavam ali, completamente vivas. -FAÇA, AMELIE!! FAÇA!!!
*Me levanto da maca e me aproximo do seu corpo nu e ensanguentado. Ela ainda sorria meigamente. Coloco meus dedos sobre os furos e sorrio.*
-Faça, querida! -ela volta a falar docemente e me olha completamente feliz. -Faça por nós duas!
*Enfio minhas unhas, logo em seguida os dedos, dentro dos furos. Enfio cada vez mais, sentindo meus dedos passarem pelos músculos e nervos de seu corpo e minhas unhas rasgarem suas veias.*
-ISSO, AMELIE!! FAÇA POR NÓS!! -mamãe grita e fecha os olhos.
*Enfio cada vez mais, até que minhas duas mãos já estavam cravadas em seu peito. Sinto seu coração pulsar frenéticamente sobre o peito e coloco minhas mãos sobre o órgão que acelerava cada vez mais. Puxo ele pra fora. Ele ainda batia aceleradamente nas minhas mãos. O corpo de mamãe cai no chão, completamente sem vida.*

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Amelie
HorreurAmelie Gorget passou a infância num orfanato em New Orleans, onde não teve amigos por conta de seus costumes peculiares. Em todos os seus aniversários, ela pede para às freiras que a dêem animais de estimação. O estranho é que esses animais nunca...