3.AGOSTO DE 2013

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O hotel estava cercado de fãs, não dava para mim nem cogitar em passar ali sozinha, sem falar que logo teria que estar em uma reunião sobre outro filme.

— Me diz como vou chegar a tempo? — me direcionei para Amber que estava atrás de mais seguranças.

— Eu resolvo, trate de tomar seu café. — fez um gesto com a mão indo para o outro canto.

Sentei-me na beira da mesa e comecei a me servir, era tão cedo, amaria poder continuar dormindo. Faz dias que não consigo ter uma boa noite de sono, quando não é entrevistas em outros estados, é local e vice-versa. No momento me encontro em Nova York, e daqui algumas horas espero estar onde tenho que estar no horário marcado.

— Lia, você está sentada... — Amber voltou com os olhos arregalados — Que bom, você está.

— O que foi que aconteceu dessa vez?

— O diretor executivo me ligou.

— Tá, mas e daí? — bebi meu café esperando por algo relevante.

— Como assim e daí? Ele sabe os nomes de quem vai comparecer na reunião, e como sou intuitiva, pedi para me dizer quem irá comparecer.

— Quem vai comparecer? — eu realmente não estava afim para papo, não naquele momento.

— O Bill.

Deixei a colher pender para o lado, ficando surpresa.

— O Bill? Bill? — quis ter certeza.

— O único que nós conhecemos. — Amber deu de ombros.

Naquele instante pude ouvir um sino tocando e anjos em um coral.

***

Nem parecia que eu tinha dezenove anos e que as coisas já havia dado certo. Eu estava em pânico. Me senti como na primeira vez que estive em uma reunião.

— Para de sapatear, está me deixando nervosa, Amélia. — Amber pediu.

— Que horas ele chega? — mordi minha unha, não me importando com mais nada.

— Se eu soubesse, com certeza diria e evitaria de você abrir um buraco no chão.

— Vocês podem comparecer na sala de reuniões agora. — o responsável pela organização abriu nossa porta, nos avisando e saindo em seguida.

— Tudo bem, a gente já vai. — Amber me olhou de onde ela estava — Precisamos ir.

— Eu sei, vamos então. — sai na frente, talvez por conta do nervosismo.

Sabe quando o grau de ansiedade ultrapassa o limite cômodo do seu corpo e tudo que quer é poder respirar normalmente? Era dessa forma que eu me encontrava.

Virando o corredor eu trombei bruscamente em alguém.

— Desculpa, eu não queria...

— Amélia?

Somente quando ouvi meu nome que consegui perceber de quem se tratava e o quão desesperada eu parecia estar.

— Oi.

— Quanto tempo! — fui surpreendida com um abraço rápido. — Você está linda.

— Obrigada, você também não está nada mau.

— Bill, como vai querido? — Amber chegou e o cumprimentou.

— Com certeza bem melhor agora vendo vocês! Eu não sabia que estariam aqui. — falou, dei uma olhada para minha assessora.

And time goes by | Bill SkarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora