Algumas semanas depois de tudo aquilo que aconteceu, eu pensei direito, não importava o quanto Bill era especial para mim, sua namorada também era e ela não merece passar por nada disso.
Ninguém gosta de dizer adeus a nenhum sentimento, ninguém suporta dar um basta a algo que fez parte das nossas vidas por tanto tempo.
Sei que tem muita coisa para ser resolvida aqui, só que eu preciso tirar um tempo para mim longe de tudo e de todos, pensar mais nos meus atos e decisões, mas isso não quer dizer que eu nunca mais vou voltar, porque isso é uma grande mentira, não é porque eu tenho uma vida no Brasil que eu vou deixar de viver a minha vida aqui nesse país, com tempo eu vejo que eu faço, tenho fé nos dia melhores. Cada um vai poder seguir o seu caminho e fazer todas essas lembranças se tornar algo bonito de se pensar.
Não vou mentir sobre essa sensação estranha estar me incomodando, eu estou com medo, está doendo, posso chorar a qualquer momento e talvez, algum dia mais à frente eu possa me arrepender de abrir mão do meu grande amor, mas agora ele também é o grande amor de outra pessoa que não precisa e nem vai ter que lidar com nenhum tipo de rivalidade.
Por sorte ou não, a minha personagem morreria na metade do filme e todas as cenas necessárias foram gravadas. Quanto à divulgação, conversei com os produtores e vou fazer isso no Brasil.
Amber sabe e me xingou de todos os nomes já falados no mundo, mas sei que ela ainda me ama e vai cuidar de tudo enquanto eu estiver fora.
— Aqui está sua passagem e seu passaporte.
— Obrigada, Amber. — os guardei na bolsa de mão, sendo alvo de um olhar cheio de saudade.
— Não é para sempre, não né?
— Não. Nada é para sempre. — fui até ela e segurei suas mãos — Vai ficar tudo bem.
— Malditos Skarsgårds, se não fosse por eles você não haveria tido essa ideia maluca de voltar para o Brasil. Eu os odeio.
Eu sorri, achando graça da manha dela.
— Não odeia nada. — a abracei — Vou sentir sua falta!
— Surpreendentemente, eu também. — Amber fez um bico — Não tem outro modo? Um pé na bunda não resolveria?
— Resolveria se eles fossem qualquer pessoa, mas não são.
— Malditos olhos claros!
Eu dei risada.
— Quero que entregue essa carta para eles. — entreguei um envelope branco — Diga que eu amo os dois, Bill como o amor da minha vida e o Alex como o grande amigo que poderia ter aparecido no meu caminho.
Amber segurou o ar assim que pegou o envelope.
— Nunca pensei que isso seria tão difícil. Foram tantos anos ao seu lado e agora, está partindo sem data prevista para voltar! É horrível isso!
— Amber, a gente vai se falar todos os dias pelo facetime, não fica assim. — não sabia se ria ou chorava — Não torne tudo mais difícil do que já é.
— Tá.
— Preciso ir, meu avião sai em meia hora. — peguei minha mala de cima da cama e a que estava no chão. — Dê a carta para eles, por favor. — beijei o rosto dela e sai do meu futuro antigo quarto.
— Manda notícias.
— Pode deixar.
BILL
Ally tinha voltado para a Suécia por conta do trabalho dela, mas eu permaneci, não queria ir embora, não agora.
Mesmo depois da nossa briga, eu continuava na casa do meu irmão, até porque era o lugar mais viável.
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And time goes by | Bill Skarsgård
Fanfiction"SHORTFIC | Número indefinido de capítulos" Tudo é questão de tempo, eles disseram, mas quanto tempo é necessário para que algo possa acontecer? Amélia foi escolhida e contemplada com a vida dos sonhos, mas nem tudo estava saindo como gostaria...