Capítulo 1

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Para quem já leu, e está relendo vai encontrar muitas mudanças.

E para quem está lendo pela primeira vez espero que goste, pois o livro acabou de ser atualizado e está bem melhor.


Fernanda

_Como o senhor teve coragem de me vender, como se eu fosse um objeto? _Eu estava indignada com o que meu pai havia acabado de dizer, ele havia me vendido. Como ele poderia ter me vendido como se eu fosse sua escrava, isso nem existia mais, eu não era uma escrava para ser vendida, e eu tinha certeza que essa prática era um crime.

_Você é minha filha, mora na minha casa, eu mando em você então posso fazer o que quiser com você. _Ele dizia como se eu não tivesse vontade própria.

_Agora você lembra que sou sua filha? em que mundo você acha que vivemos? no mundo medieval, que os pais poderiam vender suas filhas pra qualquer homem por causa de um dote ou coisa assim? Não vivemos nessa época você não pode simplesmente me vender e quem é esse louco que teve a capacidade de concordar com um absurdo desses? _Eu não conseguia acreditar que tudo aquilo que ele dizia era verdade não poderia ser.

_Eu posso fazer o que quiser com você.

_Não não pode, eu sou uma pessoa pai uma pessoa, tenho sentimentos não sou um animal que você pode comprar ou vender eu sou um ser humano. _Falei sentindo as lágrimas rolarem por meu rosto.

_Já está feito Fernanda não adianta reclamar, amanhã ele estará aqui pra te buscar e não tente nenhuma gracinha se não você vai se arrepender.

_EU TE ODEIO! _Gritei com todas as minhas forças e senti na mesma hora o peso da sua mão em um lado do meu rosto. Seus olhos estavam carregados de ódio.

_E eu odeio você por ter nascido. Eu preferia mil vezes que você estivesse morrido no lugar do seu irmão. _Ele falou fazendo meu coração doer, ele sempre tocava na ferida sempre dizia que eu que deveria ter morrido no lugar do Scott.

_Eu não pedi pra nascer, não tenho culpa se você e minha mãe não se cuidaram, eu também queria que o Scott estivesse aqui, por que tenho certeza que ele não deixaria você me vender como um objeto. Eu nunca vou perdoa-lo por isso nunca.

_Suma da minha frente Fernanda, ainda bem que vou me livrar de você e ainda vou ganhar uma ótima grana.

_VOCÊ É UM MOSTRO. _Gritei e senti na mesma hora meu rosto arder novamente com o tapa que recebi no mesmo lado que ele havia me dado a alguns segundos atrás.

_Suma da minha frente antes que eu te tranque naquele quarto e desconte toda minha raiva em você. _Subi as escadas correndo e bati a porta com toda força a trancando, em seguida me joguei na cama e deixei que as lágrimas rolassem pelo meu rosto enquanto eu sentia a dor me consumir. Eu não sei em que momento emfim consegui adormecer eu só queria acordar e perceber que tudo não havia passado de um terrível pesadelo.

Já era noite quando abri meus olhos sentindo minha bochecha latejar, me levantei indo até o espelho e constatei a marca vermelha que cobria toda minha bochecha, mais uma vez teria que esconder o hematoma para que ninguém desconfiasse por que eu sábia que seria pior. Sentei na cama me lembrando da primeira vez que meu pai me bateu.

Eu estava correndo pela casa com o vestido novo que minha mãe tinha comprado pra mim, eu estava tão empolgada. Havia sido a minha festa de doze anos, o vestido era simplesmente lindo, em tons de azul claro com varias pedrinhas, meu pai como sempre não estava presente nos meus aniversários, ele sempre passava o dia fora bebendo e só voltava no fim da festa. A festa havia sido linda e eu tinha ganhado vários presentes, Scott como sempre fazia de tudo para que eu não sentisse a falta do nosso pai. Lembro que ao fim da festa corri pela casa feliz levando os presentes em direção ao meu quarto, meu irmão havia saído no fim da festa e só eu e minha mãe estavam-os em casa, todos os convidados já haviam ido embora e minha mãe estava arrumando as coisas da festa para guardar tudo.

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