Capítulo 68

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Bruno

Já havia se passado exatamente sessenta minutos, e nenhuma noticia, todos estavam extremamente preocupados assim como eu e naquele momento ninguém era capaz de dizer nada, o medo de ouvir o pior me invadia a cada segundo, e eu não conseguia raciocinar.

_Aonde você vai Bruno? _Heitor perguntou assim que levantei da poltrona ao seu lado.

_Eu preciso tomar um ar, não consigo mais ficar dentro dessa sala.

Saí em direção ao corredor e olhei o corredor que levava até onde Fernanda estava, minha vontade era correr por aquele corredor e ir até ela, mais o medo de não encontra-la mais, me dominava, por isso andei em direção a saída do hospital, e respirei todo ar que consegui quando sai pela porta. O céu estava escuro o que indicava que logo começaria a chover, olhei para aquelas imensas nuvens e cai ajoelhado no chão.

_Deus, eu preciso de ajuda, eu preciso que me ouça, por favor não as tire de mim, não agora que estou sendo tão feliz, não agora que estou construindo uma família, eu não suportaria, não suportaria perde-las, não suportaria. _As primeiras gotas de chuva começaram a cair junto com as minhas lágrimas, mais eu não me importei, eu só queria ouvir que as duas estavam bem.

Depois de algum tempo já sentindo frio pela roupa que começava a ficar ensopada, senti duas mãos me agarrando me impulsionando a me levantar do chão.

_Irmão, vamos entrar, você precisa ser forte. _As palavras de Heitor me tiraram dos meus pensamentos e eu senti meu coração disparar.

_O que aconteceu? _Perguntei agarrando sua camisa e o sacudindo.

_Eu não sei, o doutor está na sala de espera, ele não quis falar com ninguém antes de falar com você, pediu que te chamasse. _Soltei Heitor e entrei o mais rápido que consegui indo em direção a sala de espera, encontrei os olhos de Ricardo e seu olhar não me passava segurança, era mais como um olhar de pesar o que só me fez pensar o pior.

_Por favor, me diz que elas estão bem por favor. _Pedi desesperado.

_Bruno.

_Não me diga que.

_Elas estão vivas. _Ele falou e eu quase respirei aliviado se não fosse a expressão preocupada de Ricardo.

_Então por que você não parece feliz?

_Conseguimos fazer a cesariana e tiramos a bebê, mais ela é prematura está extremamente fraca, e é muito pequena, as chances de que ela sobreviva são muito poucas, e Fernanda, quase a perdemos por duas vezes, ela teve duas paradas cardíacas, e lutamos muito pra reanima-la, ela está viva mais infelizmente entrou em coma. _Eu não conseguia mais enxergar nada a minha frente por que as lágrimas embaçavam meus olhos, Suzana começou a chorar desesperada assim como Lourenço e Maria, todos se desesperaram e eu sentia que não tinha mais chão sobre os meus pés, a dor em meu peito me sufocava e era como se alguém estivesse arrancando meu coração pedacinho por pedacinho.

_Não, minha filha não, doutor por favor diga que ela vai ficar bem. _Suzana pedia desesperada.

_Dona Suzana, eu não tenho mais o que fazer, fizemos todo o possível, mais ela estava muito fraca, perdeu muito sangue durante o parto.

_E ela pode melhorar doutor diga por favor? DIGA! _Suzana gritava agarrando o jaleco de Ricardo e Lourenço a envolveu em seus braços para acalma-la.

_Assim como as chances da bebê são praticamente zero, as chances de que Fernanda possa acordar são muito poucas, só um milagre.

_Eu posso ver elas Ricardo? por favor?

_Não é recomendável Bruno, mais vou leva-lo para ver elas por alguns minutos, se quiserem ver a bebê podem ver através do vidro, mais só Bruno poderá entrar para ver ela na incubadora. _Tudo bem, todos concordaram e seguimos Ricardo.

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