Moonlight જ Cameron Dallas

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L.UCILLE

Corri de Cameron e entrei no apartamento dos amigos que eu tinha feito no recreio. Eu estava bem triste com ele e não estava a fim de papo.

O que aconteceu foi que no momento que ouvi ele dizendo "a única pessoa que fiquei no período de últimas três semanas está na minha frente" durante a ligação hoje de manhã, recebi anonimamente uma foto dele beijando uma garota que não sei quem é. Na foto continha o horário e data em que foi tirada, fazendo a última fala de Cameron parecer uma total mentira.

Eu não entendi merda nenhuma obviamente e por isso não queria falar com ele. Ele mentiu, ele ignorou, ele travou e agora ele quer inventar alguma desculpa pra jogar na minha cara e eu não aceito isso.

As vezes minha teimosia fica maior que meu orgulho e isso me assusta.

Entrei no apartamento de Mel, Dylan e Jean e bati na cara de Cam. Contei toda a situação pra eles, já estava confiando muito. Me aconselharam de um jeito bem diferente, que eu gostei. Me senti bem mais segura e confiante.

Depois da nossa conversa eles disseram pra eu voltar pra minha "casa" e relaxar a cabeça. Comer um pouco, esquecer o Cameron, colocar minhas coisas no quarto que Miriam desocupou e seguir minha vida.

Quando abri a porta deles para sair, Cam estava encostado nela, perdido em pensamentos.

Tá virando carrapato, só pode

- Lucy... tava te esperando - ele falou

- É, tô vendo – sorriu de canto e continuei séria – Pode me dar licença? Eu estou aqui pra passar e não pra brincar de quem fica mais tempo sem piscar

Ele levantou meio nervoso e trêmulo, me encarando de cima a baixo

- Você tá bem? – me falou.

- Eu tô ótima. Vai sair da frente ainda hoje?

O moreno levantou as mãos em sinal de rendição e desviou de mim.

- Viu? Não é tão difícil dar dois passos para o lado – falei seca e segui meu caminho

- Onde você vai? - me questionou

- Não tenho que te dar satisfações

- Quero falar com você

- É aquele ditado, né, querer não é poder

Eu ainda estava andando sem olhar para trás. Seus passos silenciaram e só ouvi seu grito

- E POR QUE EU NÃO POSSO, LUCILLE?

Eu parei, apertei minhas mãos e continuei de costas para ele, incrédula com o que ele estava dizendo
Virei a cabeça, olhei para o chão e meus olhos arderam.

Levantei o olhar para ele, apertei os olhos como com raiva e fiz um movimento com os lábios, sem emitir som, dizendo "Porque você é um idiota", e corri de novo, para nosso apartamento.

Entrei jogando tudo e batendo os pés. Me joguei de bruços na cama que estávamos dividindo. Apertei um travesseiro com a mão e soltei o ar que nem percebi que estava segurando.

Passei uns minutos assim até levantar, sentar com pernas cruzadas de frente para a parede, mas com a cabeça olhando para a janela. Estava anoitecendo e o tempo parecia mais fresco lá fora. Resolvi sair andar para refrescar a cabeça e fui andando até o fim do andar onde tinha uma escada. Decidi subir ela e ali tinha um espaço muito grande contornado só por uma grade leve.

Tinha um telescópio e um garoto do lado, que observava a Lua. Me aproximei do menino e apoiei meus cotovelos aos lado dele, na barra.
Até que ele me olhou, finalmente notando minha presença.