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L.UCILLE

A luz forte do sol estoura na janela e faz meus olhos abrirem vagarosamente.

Ontem faltamos no último dia de aula e por hoje ser - finalmente - a formatura, não haverá escola.

Amém férias.

Pisco meus olhos e vou estralando meu corpo, o que me dava uma sensação de relaxamento. Ouço a voz dos meus pais e sorrio, feliz por eles terem voltado.

Levanto da cama e me alongo. Me dirijo a escada, sem deixar de antes dar uma olhada no quarto de Matt, porém tenho a visão de um loiro quase caindo da cama e babando no meio de uma bagunça descomunal. Dou uma simples risada de uma sílaba e me escoro no corrimão.

A caminho de um abraço em meus progenitores, paro meu andar ao ouvir leves choros vindos da cozinha.

- Temos que contar para os dois que ela faleceu - ouço minha mãe dizendo - Ou eles descobrirão de um jeito pior

Arregalo os olhos que começavam a marejar. Escorrego minhas costas sentando em um degrau e atentando meus ouvidos a conversa.

- Lucy se aborrece quando tocamos em qualquer assunto que envolva a vó, você sabe disso - meu pai responde - Não foi culpa dela, mas os parentes nunca a perdoaram

- É melhor falar com eles depois da formatura, não quero estragar o dia

- Eles até vão te ouvir, mas nunca aceitarão voltar pra Washington - ouço um suspiro - Não depois do que houve.

- É só para o velório... eles não podem recusar...

Agarro meus joelhos e não consigo mais segurar as lágrimas que corriam constantemente pelo meu rosto, entretanto, me focava a conter os ruídos.

As lembranças invadiam minha mente e a cabeça começava a doer insuportavelmente. Meus silenciosos soluços ocorriam paralelamente ao papo que estava a pouco de cessar.

- Não esqueça do aniversário deles em duas semanas. Não podem estar chateados, é o 18º - meu pai continua

- Vamos terminar esse assunto depois, logo Matt e Lucille acordarão.

Matthew surge no topo da escada e me encara perdido. Ouve um trecho das palavras que soavam no térreo da casa. São suficientes para ele descer até mim e me levar no colo até em cima, quando me abraça e meu choro se libera sem limites.

Será que nunca vão esquecer esse assunto?

ººº

C.AMERON

As garotas hoje provavelmente iriam ao salão para se arrumarem para o evento à noite.

Encaixo uma camiseta e uma bermuda em meu corpo, passando a mão em meus cabelos e verificando o horário em meu celular.

- Bom dia, dona Gina - dou um beijo na bochecha da minha mãe ao chegar na cozinha

- Bom dia, querido

- Bom dia, Sierra - chego por trás da primogênita e bagunço seu cabelo

- Fala, maninho - ela me dá um leve tapa no braço e soltamos um riso abafado

- Vai ver a Lucille hoje?

- Talvez - abro um sorriso de lado para minha irmã

- Vaza logo daqui - ela diz e faço uma expressão de ofendido, ouvindo a risada da minha mãe

Moonlight જ Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora