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O sol brilhava forte, nós andávamos com os olhos direcionados ao chão, afinal nenhum de nós suportava o calor do sol brilhante.
Conversávamos sobre coisas aleatórias, como a viagem que tanto espero, mas do nada, surge um silêncio.
Como eu sou muito imbecil, acabo com o silêncio:
- Oi?
- Shhh. - Fala ele muito calmo, continuando a andar.
Sinto minhas mãos tocando as dele (eu nunca vi uma mão tão grande na minha vida), e então ele segura a minha mão, continuando a andar.
Isso me faz ficar vermelha, eu quero falar algo, mas não consigo. Meu celular vibra, aposto que é o Polado, mas para um momento como esse não é tão importante.
Eu gosto dele?
Eu gosto do Polado?
Eu gosto de algum desses dois?
Se ele me pedir namoro agora, o que eu respondo?
Eu devo continuar o silêncio?

Muitas dessas perguntas refletem na minha cabeça, enquanto na vida real, estávamos apenas andando, de mãos dadas. Ele se vira, soltando a minha mão, e chegando mais perto de mim.
- Algo do futuro pode quebrar o seu coração, cuidado com o que você pensa e acredita. - Ele fala, e se vira novamente. Eu estou em transe, e nem sei o que responder. Nem sei se eu respondo, ou se continuo andando, normalmente.
Então eu apenas continuo andando. Chegamos na escola, e eu pego meu celular para ver as mensagens, e era do grupo de familia.
O sinal toca, aleluia deus é fiel.
Eu corro e me deito na grama que há no pátio, e começo a pensar a respeito do Polado, quando o Gabriel aparece do meu lado do nada.
- Tem umas coisas que eu queria tanto te contar...
- Tipo que você me ama? - Eu falo, ironicamente, e começo a rir.
Ele também ri.
- O que eu não posso contar é algo muito importante, e que você infelizmente não pode saber. Você achar que eu te amo é apenas saber a verdade.
Eu paro de rir
E começo a ficar vermelha de novo
E me envergonhar
Eu quero muito ir embora, estou morrendo de vergonha eu
Mas tem o Polado, e eu não sei de quem eu gosto...

"Eu não te conheço!"Where stories live. Discover now