Capitulo 2

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Na região central da cidade, o número de templos é bastante agressivo. Herança dos tempos da presença da Família Real Portuguesa, no século 19. Uma arquitetura gótica que não é subtraída pelos moderníssimos prédios comerciais e vizinhos.     Há espaço para todos, inclusive religiões que cultuam forças sobrenaturais à luz do dia, nas esquinas, onde, por alguns troca­dos, o pedestre menos apressado pode até encontrar a felicidade (com uma cigana ou algo parecido) tão escassa na correria do dia-a-dia. À noite tal felicidade dos supostos enviados de Deus desaparece, cedendo lugar a outros iluminados.

    A insegurança vinha de cima, da covardia de traficantes de drogas com armas muito poderosas.

    Para Julieta, que se preparara mais uma vez com a intenção de liquidar vampiros, traficantes de drogas não inspiravam medo. Os trajes de combatente não suportariam tiros de fuzis AK47 ou AR15, mas impediriam a penetração de garras de vampiros. Uma tecnologia afiada para desbancar quaisquer atrocidades numa jugular.              

    Na torre da igreja, o observador, agora, estava acompanhado de dois observadores, acompanhavam a saída aérea de Julieta na mochila-foguete.

    1h da manhã.    Horário escolhido por Julieta para conferir alguma investida de vampiros pela redondeza.

    Mapa no computador de bordo.    A roupa (espécie de armadura à base de tecido de metal) pro­tegia de caninos, além de ser uma rastreadora de movimentos não-humanos a um raio de quinhentos metros de distância.  

    Ela passara o dia inteiro dentro do apartamento. Por enquanto, não havia necessidade de sair à rua em outros horários. Cumpria as ordens do Vaticano: discrição eterna.    

Um elevador, que seguia da torre até dois andares abaixo da imponente igreja, abriu as portas para um corredor que atraves­sava o centro da cidade.    Um bonde elétrico, manuseado por Jeremias, membro daquele templo, conduziu os três observadores para bem longe dos sub­terrâneos, localizados na zona portuária. Uma breve viagem para o encontro com o Mestre, líder àqueles simpáticos observadores (ou monges) conforme suas crenças, em outra parte do subterrâ­neo.

    A notícia (o segundo voo da mulher de mochila-foguete) era muito importante para a sobrevivência de todos os religiosos, ali, embora existissem outras ameaças que não se limitavam a uma caçadora de vampiros a serviço do Vaticano.

     Invasores sanguinários percorriam todo o centro da cidade, à noite, pelos subterrâneos, para estabelecimento de um quartel general. Os religiosos, que se sentiam ameaçados pela presença da máquina voadora com Julieta, não desconfiavam do MAL MAIOR na vizinhança, por enquanto.     

Santuários do Vampiro - volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora