Oito

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- E então, sobre o que quer conversar? - perguntei assim que chegamos a praia.

- Nada em especial, eu só queria saber como anda essa sua cabecinha e queria também te pedir perdão, pelo o que eu falei ontem de manhã. - disse ele, sem jeito.

- Claro que eu perdôo né, - sorri - Sobre tudo o que esta acontecendo, eu estou de boa, sabe? Eu achei que iria ser pior essa coisa em relação ao Felipe, e este casamento. - comecei a lembrar de Felipe.

- Ei, está tudo bem? - perguntou, me tirando dos meus devaneios.

- Sim, eu só estou preocupada. - falei.

- Com o que? - perguntou.

- Com o... Felipe - disse meio sem jeito - ele não me deu nenhuma noticia ate agora, nem uma mensagem sequer. Ele ficou muito estranho hoje de manhã.

- hum. - foi a única coisa que disse.

- Ei, - comecei, fazendo com que ele olhasse para mim - Eu sei que você não gosta dele, mas você precisa entender que eu estou fazendo isso pelo meu pai, pela empresa.

- Eu sei, mas eu tenho medo.. Medo de você se apaixonar por ele de novo. - eu ri - Qual é a graça?

- Nada, é que Aly disse a mesma coisa hoje de manhã. - expliquei.

- É que nós nos preocupamos com você, Ana. Sabemos o tamanho do estrago que Felipe fez. - disse.

- Mas vocês não precisam se preocupar, eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes. Eu te prometo. - sorri.

- Acho bom. E se aquele desgraçado fizer alguma coisa com você, ele vai se ver comigo e com meus amigos. - Disse Henry.

- Que amigos? - perguntei confusa, Henry praticamente acabou de voltar para o Brasil. Os únicos amigos que ele possuía aqui era eu e Ali.

- Esses. - disse ele, mostrando seus bicipis.

- Idiota. - revirei os olhos.

- Do que você me chamou? - perguntou ele, se levantando.

- Idiota. - repeti devagar.

- É melhor você correr Anastácia Müller, pois quando eu te pegar, não terei piedade. Mesmo que você implore. - ameaçou ele. E eu sai correndo.

Ele saiu correndo atrás de mim, para me fazer cócegas. Duas crianças, por mais que eu tentasse correr rápido, Henry me alcançou.

- Me solte! Por favor! - pedi, em meio a gargalhadas.

- Não, eu disse que não teria piedade. - disse ele, sem parar de fazer cócegas.

- Henry, e-eu vou - mais gargalhadas. - Mijar, na-nas calças - completei. Ele não parou mesmo assim. - HENRY! PARE! POR FAVOR.

- Ana, banana faz xixi na cama. - começou a cantarolar, mas sem cessar o seu ataque.

- Para, por favor. Eu te imploro. - eu não conseguia respirar direito.

- Só se você cantar comigo. - disse ele. - Ana, banana faz xixi na cama.

- A-Ana bababanana fe-fez xixixi nana cama. - disse em meio a muitas risadas.

- Boa garota. - disse ele, parando de fazer cócegas.

Ele se deitou ao meu lado, e eu estava tentando recuperar o fôlego. Eu odiava cócegas. Odiava muito.

- Obrigada. - falei, assim que recuperei o fôlego.

- Pelo o que? - perguntou confuso.

- Por ter voltado. Eu sei que não foi por mim, mas obrigada. Obrigada por estar ao meu lado, quando eu mais precisei. Você é o melhor amigo que alguém poderia ter. - sorri.

Love By Contract [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora