"Meu nome é Allison, tenho 7 anos,
aqui escrevo tudo, tudo que não posso falar quando tenho vontade, se surpreendeu porquê escrevo tão bem?
Não precisa! Todos se surpreendem.
Aos 4 anos eu já tinha aprendido a ler,
aos 5 anos eu já lia bem, agora aos 7
eu não preciso mais dizer.
Meu diário é meu único amigo, odeio todas as crianças da minha escola, são burras e ignorantes, não me sinto bem com pessoas assim.
Voltando a falar de mim, não sou muito boa em me alto descrever, tenho cabelos lisos e bem loiros, a parte que mais gosto do meu corpo é meu cabelo, particularmente ele é lindo!
Tenho olhos azuis que se destacam em minha pele branca, era inevitável,
meus pais também têm olhos azuis.
Sou bem pequena, quem me ver não diz que tenho 7 anos.
O que falar dos meus pais? Minha mãe
se chama Larissa e sempre foi a única pessoa por quem eu realmente sinto amor, meu pai se chama Dennis,
ele é insuportável, sempre tentando me agradar, ele nem imagina que ele me agradaria sumindo de nossas vidas.
Eu sei o que ele apontou com ela,
ele e minha tia, são pessoas que merecem o pior. Minha mãe chorava muito, o dia todo.
Aqui eu escreverei tudo o que eu quiser expressar e tudo o que eu fazer,
por hoje é só querido diário."
Tinha que ir para a escola, meu pai me levaria em breve.
No meio do caminho sempre era a mesma coisa, ele tentava falar comigo,
e eu ficava calada. Não queria conversar!
Ele poderia bem chamar a minha tia
para isso, não é?
Acredite ou não, eu não tinha culpa em odiar meu pai, ele quem fez isso.
Cansei de ouvir ele conversando com minha mãe sobre meu relacionamento com ele, dizia:
- "Por que ela me odeia tanto? Eu sempre tento me aproximar."
- "Você é o culpado por isso, tente melhor."
minha mãe respondia.
Ela estava mais do que certa.
"Chegou no inferno." era o que eu pensava quando chegava na escola.
- Boa aula! Não vai me dar um beijo?
- Sério pai? Por favor...
Me retirei do carro e fui em direção a porta do inferno onde o porteiro do Satanás me esperava.
- Bom dia, Allison! ele falava todos os dias.
- Bom dia. Respondia séria.
Lá vou eu para a sala de aula, barulho,
gritavam muito, os professores gritavam "Calem a boca!" o tempo todo.
Eu entrava calada e ia para o fundo da sala e ali ficava até terminar a aula.
A professora Julia Roberts era uma pessoa legal, acreditem! Eu gostava do jeito dela.
Sempre muito preocupada com os alunos, ela seria uma ótima mãe.
Julia era nova, tinha 33 anos e era bem bonita, lecionava inglês, português e Espanhol. Eram as melhores aulas!
E hoje eu pretendia armar uma confusão
e ninguém melhor que a professora para me ajudar.
O sinal tocou, todos os alunos estavam saindo, nas segundas minha mãe me buscava um pouco mais tarde e eu ficava com a Julia até ela chegar.
Era hora do teatro...
Comecei a chorar, chorar desesperada,
me forcei a soluçar.
- O que houve, Allison? ela perguntou assustada.
- Meu pai. Eu não quero mais ficar perto dele. Tenho medo! Não deixa ele chegar perto de mim. comecei a falar.
- O que seu pai fez? O que ele fez com você? Julia estava acreditando.
- Nada. Não foi nada, desculpe-me pelo choro. Falei enxugando as lágrimas.
Com certeza ela já estava pensando
o que eu queira que ela pensasse...
- Julia, isso é muito sério! Precisa ir ao conselho?
- Não! O conselho pode fazer algo de ruim com meu pai. Eu era uma ótima atriz.
- Escute. O que seu pai faz? ela insistiu.
- Nada! Já disse. Eu só não gosto quando ele me toca, só isso. Ele não faz nada.
Eu finalizei. Minha mãe estava chegando.
Julia me abraçou e minha mãe chegou na sala.
Eu fui em direção a ela para irmos embora!
Me despedi da professora e sai com minha mãe.
- Chorou Querida? Aconteceu algo? Minha mãe perguntou.
- Não mamãe. Estou bem!
Eu cheguei em casa e corri para meu quarto, peguei a chave do diário que escondo muito bem e o abri.
Hora de escrever!
"Querido diário, hoje fui a escola, infelizmente é fiz o que eu queria fazer.
A professora Julia era perfeita para meus planos, eu quero o meu pai fora da minha vida, e apenas sair de casa não iria ajudar muito, eu não quero mais o ver,
ele tinha que sair mas para sempre.
Não queria chegar perto dele mais nunca.
Fingi que ele me abusava, pelo menos
dei a ideia que fosse isso.
É só isso por agora! Até logo diário."
Fechei e escondi a chave, tinha que pensar em outra maneira de tirar o meu pai de nossas vidas caso não desse certo. Eu sabia que o que fiz era arriscado, mas eu precisava arriscar.
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Inocência.
HorrorO mal não tem idade, a inocência mata... Não deixem de conferir essa trama totalmente baseada em casos reais de crianças psicopatas, conhecidos como "Os Anjos da Morte". O livro conta a história de Allison, uma garota de 7 anos capaz de atrocidades...