Eu não posso acreditar que a professora Julia está morta!
Dessa vez eu não tenho nada com isso.
A vovó e a mamãe estavam aterrorizadas. Aconteceram muitas mortes ao nosso redor, muitas causadas pelo meu temperamento forte mas eu não mataria a Julia.
Quem a matou? Mais uma vez não teríamos aula, e tipo, eu não estava tendo muitas aulas esse ano.
- Mamãe é verdade? A minha mãe me olhou profundamente, desejando que a resposta fosse "não."
- Sim querida. Eu estou chocada.
Eu não tive uma reação de emoção, eu era nova mas já estava "amiguinha" da morte e de seus efeitos.
Eu fui até a cozinha tomar uma água,
a mamãe desligou a tv e se arrumou para sair, a vovó correu para seu lugar predileto... A cozinha.
Eu tinha que ver se a minha suspeita estava correta.
Fui até o quarto, peguei o diário e comecei meu desabafo...
"Querido diário, é tão estranho quando vemos alguém que gostamos morrer,
a sensação é tão diferente de tirar a vida de alguém.
Eu tenho uma suspeita, uma das maiores.
Achei muito estranha a reação da Julia ao ver o William. Hoje ele vem aqui, eu teria que investigá-lo! Não vejo a hora dessa noite chegar. Acho que é o suficiente,
até logo!"
Annabelle me encarava, sabíamos que algo muito estranho estava acontecendo.
Sabíamos que a morte da professora estava de alguma maneira ligada à nossa família.
Pedi a vovó para ir ao quintal de minha casa brincar, ela deixou, se não deixasse eu iria sair de qualquer jeito.
Fui pela rua pouco movimentada de minha rua, bairros nobres não eram bem movimentados, acho que os ricos odeiam sair de casa ou tem medo de sair e serem roubados, vai saber.
Só sei que é raro ver pessoas na rua.
Fui até o local do assassinato, tinha aquelas fitas de restrição, uns policiais tirando fotos do local, manchas de sangue no chão.
Pelo local das manchas, ela morreu bem na beira do rio, veio em minha cabeça a imagem dela sendo torturada e esfaqueada até a morte,
como um animal. Me agradava esse pensamento, só não me agradava a vítima.
- Criança! Você precisa se afastar. Volte para a sua mãe.
Falou um policial quando eu me aproximei um pouco.
Só acenei com a cabeça e me afastei.
Tinha que voltar para casa antes que minha avó descobrisse e surtasse.
Voltei as pressas, pulei o muro e fiquei no quintal um tempo.
Foi totalmente inútil a minha busca,
não encontrei nada.
Entrei, falei com a velha e fui correndo para o quarto.
A hora não passava, eu queria muito que o William aparecesse logo.
Eu estava de castigo sem meu notebook,
e isso aumentava muito o meu tédio.
A hora foi se passando, ele chegou cedo,
VOCÊ ESTÁ LENDO
Inocência.
HorrorO mal não tem idade, a inocência mata... Não deixem de conferir essa trama totalmente baseada em casos reais de crianças psicopatas, conhecidos como "Os Anjos da Morte". O livro conta a história de Allison, uma garota de 7 anos capaz de atrocidades...