Ela estava com o diário aberto, olhando para mim.
Eu não sabia o que pensar!
- Me devolve o diário agora.
- Allison, tudo o que tem aqui é verdade?
- Me devolve! Eu gritei.
Olhei para os lados procurando algo para eu usar contra ela.
- Sua mãe verá isso, você é uma criança doente. Você pode se curar.
- Não vou deixar você mostrar isso a minha mãe. Ameacei com minha voz doce.
- Ela saberá! Vai me matar também?
- Não seria nada difícil eu me livrar de você vovó.
Pulei em cima dela, ela era mais forte e me empurrou.
Derrubei um vaso que tinha no meu quarto na queda, ele virou pedaços no chão. A vovó se levantou e foi andando.
Quando ela deu as costas eu pulei em cima dela, eu segurava um pedaço do vaso, bem afiado, comecei a rasgar seu rosto, ela tentou se livrar de mim, quando vi estávamos na ponta da escada, feri ela novamente e então para escapar dos meus golpes, ela perdeu o equilíbrio e caímos escada abaixo.
Me machuquei feio, minha perna estava quebrada, fratura exposta.
Me arrastei para perto da velha com o pedaço do vaso ainda nas mãos, e rasguei sua jugular.
O sangue espirava no meu rosto como um torneira.
Ela agonizava, colocava as mãos no ferimento, fiquei observando ela morrer.
Era o fim! Todos saberiam que eu a matei. Perdi meu controle. Serei presa ou coisa pior!
A vovó se levantou ainda sangrando e me agarrou, eu gritei.
A boca dela foi abrindo, abrindo, abriu tanto que rasgou. Mais sangue em cima de mim! Eu já estava repleta de sangue.
Ela colocou as mãos no meu rosto e afundou os dedos nos meu olhos.
Gritei, gritei alto.
Abri os olhos, eu tinha pego no sono sem perceber, eu gritava e minha avó tentava me acalmar, achei que tinha morrido.
- Allison! Querida, está tudo bem.
Ela falava sem parar.
Percebi que tinha sido outro daqueles terríveis pesadelos. Eles estavam ficando bem piores.
- Querida vamos descer! Estou preparando um prato delicioso. A sua mãe chega em breve. Ela falou.
- Desço já vovó. Deixa eu despertar.
- Certo! Não demore muito, estou lhe esperando lá em baixo.
Ela me deu um beijo na testa e saiu.
Procurei pelo diário, ele estava exatamente no mesmo lugar.
Respirei fundo e desci tranquila.
Lá estava minha avó, cantando alto as músicas de velha dela.
Sabe o que é pior do que a Anitta cantando? É ouvir a minha avó cantando.
Nada contra quem gosta, mas minha avó sabe muito bem como ensurdecer uma pessoa. O bom era que o cheiro da comida estava muito bom!
Então a mamãe chegou, sentamos na mesa e jantamos, o clima continuava pesado por conta de todos os acontecimentos.
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Inocência.
HorrorO mal não tem idade, a inocência mata... Não deixem de conferir essa trama totalmente baseada em casos reais de crianças psicopatas, conhecidos como "Os Anjos da Morte". O livro conta a história de Allison, uma garota de 7 anos capaz de atrocidades...