13: Nova Vítima.

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"Querido diário, hoje terei novidades sobre a minha mãe e o bebê dela.

Espero que o remédio dê certo, preciso desse verme morto! Ainda tenho que fingir que está tudo bem depois de ter visto o William enfiando a língua dele na boca da mamãe. Por hoje é só, tenho aula."

Desci as escadas, cumprimentei a vovó e a mamãe, fiquei olhando para ela, esperando ela ter alguma reação.

Nada acontecia, eu comia meu cereal, fiz tudo o que sempre fazia e me aprontei para ir para o meu inferno diário.

Eu gostava de estudar, não gostava da escola que eu estudava e principalmente das pessoas de lá. Eu nunca tive amigos mesmo, talvez isso não mudasse em outra escola.

A mamãe me levou e foi ao trabalho.

Eu fui com a Annabelle para a escola,

ela sempre me fazia companhia em meio a tantos idiotas.

- Bom dia Allison! Disse a professora Julia.

- Bom dia professora!

Sentei e a Mary ficava me encarando.

A aula hoje foi interessante,

o tempo passou bem rápido, era hora do intervalo.

Sempre ficava sentada perto do escorrego, numa casinha de madeira que tinha lá.

Mary Lee se aproximou de mim,

e ficou de pé na minha frente.

- Você acha que pode me bater e ficar por isso mesmo?

Eu olhei para ela e virei o rosto.

E então ela chutou a Annabelle.

- Olhe para mim sua estranha.

Ela continuou.

- Quer apanhar de novo?

Eu ameacei.

Ela então riu e foi para a casa onde ficava o maior escorrego do pátio.

Eu já tinha aguentado muito as maldades da Mary e nunca tinha feito nada.

Cansei de deixar para lá, hoje ela iria pagar por tudo.

Observei calmamente ela brincando,

todos estavam distraídos e eu só tinha poucos minutos para agir.

Peguei a Annabelle e fui subindo o escorrego maior e a Mary não viu.

A casa do topo do brinquedo era escura e tinha cheiro de verniz. Sentei lá esperando a nojenta subir.

As crianças passavam gritando e nenhuma percebeu minha presença.

Então a Mary subiu, eu levantei.

- Olá Mary! É hora de descer desgraçada!

Empurrei a menina com toda minha força, ela não teve chances de se apoiar e caiu de mal jeito batendo a cabeça no escorrego.

Olhei para baixo e ela estava caída e todas as outras crianças gritavam enquanto o sangue escorria de sua cabeça fazendo um rastro no chão.

Eu desci rapidamente as escadas e fiquei lá com um rosto assustado de como se não soubesse nada.

A Mary não se mexia, o caos tomou conta da escada, os professores gritavam por ajuda.

O socorro chegou, a mãe dela estava desesperada. As aulas foram suspensas,

Inocência.Onde histórias criam vida. Descubra agora