6: Assassinato.

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"Querido diário, tudo correu bem.

Minha tia não irá incomodar mais.

Foi tudo pensado, me livrei da roupa plástica e das luvas,

segundo o site que vi,

dessa maneira ninguém poderia identificar minha identidade.

A arma do crime está no local, junto ao corpo esfaqueado da Melissa, a polícia não precisará de mais pistas para culpar meu pai. Logo menos tenho que acordar para a aula, então é só isso diário."

Eu tinha acabado de chegar em casa

e meus pais não tinham notado minha ausência, ainda bem deu tudo certo.

Agora estava tudo bem e mais uma vez a morte tinha sido a melhor solução.

Fui dormir e apaguei rapidamente.

Acordo com o som da voz de minha mãe a me chamar, o sol nasceu rápido,

me levantei e senti umas dores, tinha esquecido que eu me bati.

Levantei uma perna e depois a outra,

mais lento impossível!

- Bom dia meu amor, o café da manhã está pronto lhe esperando lá em baixo.

Agora vá para banho. Minha mãe falou me levantado.

Fui para o banheiro, doía as pancadas.

Quando estava tirando a camisola,

a mamãe entra no banheiro.

- Ainda vestida Allison? Olha a hora.

Reclamou ela.

- Estou esperando você sair. Respondi.

- Que frescura é essa? Você nunca teve essas manias de meninas mimadas.

"Droga, ela não vai sair?" Eu pensei.

- Mãe já sou uma mocinha, não precisas mais me olhar tomando banho.

- O que tem de errado com você Allison?

O que está escondendo?

- Nada mamãe. Nada!

Ela se aproximou de mim e começou a tirar minha roupa.

Eu colocava cara de dor mas ela não parou.

- Meu Deus! O que foi isso? Perguntou a mamãe horrorizada.

Eu não sabia o que responder, eu estava encurralada.

- Eu caí. Fui descer as escadas ontem de madrugada e levei um tombo feio.

Respondi querendo chorar.

- Eu não queria te deixar preocupada.

Desculpa mamãe, não fica brava comigo.

- Não estou brava com você. Já disse para não descer as escadas sozinha de madrugada, não minta mais para mim.

Vamos ao médico agora ver essas pancadas terríveis.

A minha mãe estava preocupada, e eu com um ódio infinito dela.

Agora não poderia mais usar isso contra o babaca do meu pai.

Ela se arrumou apressada, meu pai ficou bem preocupado comigo, querendo ver os ferimentos, me tocando com aquelas mãos asquerosas dele, tinha nojo dele.

Ainda fui obrigada a lhe dar um beijo na bochecha.

"Eca! Eca! Eca!" Eu dizia para mim mesma.

Formos à emergência, fui atendida rapidamente, todos conheciam minha mãe, o médico me examinou.

Inocência.Onde histórias criam vida. Descubra agora