"Psicopata é a designação atribuída para um indivíduo portador de uma desordem de personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial recorrente ou por uma diminuição da capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro, pela pertença de uma atitude de dominância desmedida." Fonte Wikipedia.
O carro capotou, capotou e paramos.
Eu estava tonta, machucada, estava sangrando.
Meu pai estava lá, totalmente ferido,
estava cheio de vidros.
Ele estava com o corpo quase para fora do carro, estava agonizando, sangue saia de sua boca.
- Você está doente. Ele me falou cuspindo sangue.
Olhei para ele e admirava a sua situação.
Seria impossível ele sobreviver ao acidente, mas ele ainda estava falando
e isso era muito perigoso.
Tinha um vidro imenso no seu rosto,
ouvia o carro da polícia se aproximando.
Tinha pouco tempo.
- Você não morre? Será que nem para morrer você serve? Falei para ele.
Os olhos do meu pai revelavam o que ele estava sentindo.
Tentei me mover, meu corpo doía,
o vidro no rosto dele mataria se estivesse entrado mais fundo.
Ele ainda agonizava, seu sangue vivo ainda jorrava, então para acabar com o sofrimento do meu querido pai, empurrei o vidro para mais fundo, ele parou de agonizar.
- Chamem por ajuda! Tem uma criança no carro. Chamem uma ambulância.
Ouvi as vozes dos policiais, a dor me venceu, eu desmaiei.
Acordei com minha mãe chorando.
- Vai ficar tudo bem amor.
Ela dizia sem parar.
Eu não sabia onde estava, tinham muitas pessoas em cima de mim.
Eu entrei numa sala e vi uma placa:
EMERGÊNCIA
Foi aí que percebi onde eu estava.
Lembrei do acidente, lembrei de tudo.
Um homem com uns 42 anos me olhava,
colocava luzes no meus olhos.
- Consegue ver direito? Sente dor nas pernas?
Eu não sentia nada mas via tudo.
Olhei para baixo e vi sangue na minha perna direita, tinha um vidro,
e assim tão de repente eu sentia uma dor imensa.Tudo psicológico.
Eles me furaram, doeu.
Essa foi de verdade!
Em segundos eu apaguei!
Estava tudo calmo, eu acordei e minha perna estava toda enfaixada, minha mãe dormia na cadeira ao lado da minha cama, odiava esse cheiro de hospital.
Sai do quarto, queria água e não tinha lá,
o corredor era longo, vazio, escuro, vi um bebedouro no fim do mesmo.
Olhei para os lados, estava com medo,
comecei a andar, uma pessoa passou no fim do corredor, eu parei.
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Inocência.
HorrorO mal não tem idade, a inocência mata... Não deixem de conferir essa trama totalmente baseada em casos reais de crianças psicopatas, conhecidos como "Os Anjos da Morte". O livro conta a história de Allison, uma garota de 7 anos capaz de atrocidades...