Capítulo III - Emma

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Leitora convicta já deixa a estrelinha ⭐ antes de começar o capítulo.
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Merda.

Foi essa palavra de baixo calão que passou pela minha cabeça ao ver Anthony. Pois eu nunca imaginei que o idiota que tocou nos meus seios sem minha permissão fosse o filho do amigo bilionário do meu tio. Mas também, a idiota aqui só perguntou o nome do pai.

Lucas Leif : Um renomado e bem sucedido empresário cuja fortuna compraria um país. - Foi essa a descrição que eu obtive ao jogar o nome no google.

E pensar que um homem desse naipe tem um filho idiota e tarado.

- Você costuma estudar muito o corpo humano?

Olho para o babaca diante de mim e seguro para não revirar os olhos ao notar o seu sorriso pervertido.

- Pela vigésima vez, sim.

Ele sorri ainda mais, como se minha falta de paciência o divertisse.

- Acho que acabamos por hoje. - Digo após ver que chegamos ao fim do capítulo do livro.

- Mas já? - Pergunta ele fingindo decepção.

- Sim. - Digo enquanto guardo minhas coisas.

Sinto o seu olhar sobre mim e finjo não perceber. Porém quando eu me levanto disposta a sair do quarto, ele age mais rápido que eu e em menos de três segundos ele está segurando o meu braço.

- O que você quer? - Pergunto tentando me manter calma.

Anthony me olha fixamente nos olhos, seu aperto é forte porém não brusco. Inspiro tentando acalmar os meus batimentos que estavam acelerados e sinto o perfume dele. Uma mistura de shampoo masculino e um aroma cítrico que eu não consegui identificar.

Seu rosto está sério, é quase impossível não admirá-lo sem aquele sorriso debochado. Seus olhos azuis simulam um mar profundo e eu me sinto perdida neles, porém o encanto é quebrado assim que ele volta a ser o que ele é. Um babaca.

- Você fica muito gostosa de óculos sabia? - Diz se insinuando para mim.

Sinto o meu rosto esquentar de raiva e com o meu braço livre eu retiro o meu óculos e o coloco no bolso da minha mochila.

- E você é um idiota sabia? - Questiono indignada.

Seu sorriso se alarga e eu me condeno por tê-lo admirado antes.

- Não finja que não sente nada por mim, eu sei que eu sou irresistível.

Meu Deus, como eu pude beijar um escroto desses?

- Você é ridículo. - Falo tentando puxar o meu braço, sem sucesso.

- Nossa, assim você fere os meus sentimentos.

Sentimentos? Haha, ta bom.

- Me solta. - Peço ainda tentando puxar o meu braço.

Ele aproxima o seu rosto do meu e eu sinto o seu hálito quente bater contra a minha boca.

- Tem certeza?

Por um milésimo de segundo eu me senti abalada, mas logo a noção do quão idiota ele é vem em minha mente e eu coloco a minha mão na cara dele e o empurro para trás.

- Já falei para me soltar!

A cara que ele fez ao me ouvir gritar seria cômica se não fosse pelo barulho da sua mão batendo na porta.

- Está tudo bem aí? - Pergunta a Sra. Leif sem abrir a porta.

Anthony larga o meu braço quase que instantâneamente.

Descendente do PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora