O Filho do Mar🌊🐠A Child Of Sea Book One🐙{Concluído}🌊

Capítulo Onze

Kaleo

Estou indo ver meu pai. Talvez eu deveria ter dito a ele quando a vi pela primeira vez, mas não sabia qual seria sua reação. Agora, depois de ter falado com minha mãe ( ele provavelmente ja sabe da situação pois eles compartilham um vínculo psíquico),estou mais tranquilo, bem, mais ou menos. Seu temperamento nunca foi previsível, mas sempre nos demos bem e eu tinha a honra de dizer que era seu favorito, ele me ensinou tudo o que eu sei, inclusive a usar meus dons quando se manifestaram pela primeira vez e me assustaram.
Chego até seu estúdio particular que está com a porta entreaberta onde ele está debruçado sobre alguns papéis,(provavelmente algum acordo com senhores de outras casas) e ele rapidamente percebe minha presença.
- Kaleo, meu filho. Abençoado seja.
- Como vai papai? - digo hesitante.
- Curioso, na verdade. Quero saber o que fará em relação à menina e como explicará a ela sobre nós. - Ele especula.
- Bem, eu vim aqui pedir seus conselhos na verdade, pai, - eu digo franzindo o cenho - não sei o que fazer.
- Eu entendo. Você sabe que por muito tempo estudei os humanos, filho. Até mesmo caminhei entre eles durante algum tempo, eu os avaliei profundamente, lutei suas guerras quando me convinha, entre outras coisas... eles são perigosos kaleo, não deixe a sua fragilidade te enganar. Alguns são sensíveis ao extremo, bondosos até, mas ainda assim, perigosos. - Ele me aconselha.
- Eu entendo,pai. Mas minha alma já está ligada à ela. Eu não sei como explicar o sentimento...
- Sei exatamente o que quer dizer, criança. Eu ainda me sinto assim após dois séculos ao lado de sua mãe. - confessa - Você precisa passar algum tempo próximo à ela, filho. Estudá-la, chegar ao seu coração aos poucos e calmamente, só quando conquistá-la completamente você poderá revelar nosso segredo. Eu estarei em terra firme algum tempo avaliando-a também e sua mãe e irmã querem conhecê-la, mas não se preocupe, eu às avisei que ainda é muito cedo.
- Sim, eu farei isso. Talvez vocês não me vejam por algum tempo, vou tentar descobrir mais sobre ela e seus hábitos, além do mais tenho de conseguir um apartamento ou algo assim para mostrar a ela que sou "normal" por assim dizer. Obrigado pai. - Eu digo sinceramente.
- De nada, meu filho.
Sigo até a porta novamente...
- Ah, e Kaleo?
- Sim?
- Estou feliz por você.
Eu volto e o abraço emocionado. Meu pai nunca foi o tipo sentimentalista, seu status de poder não o permitia.
Saio do palácio e da cidade e nado rapidamente em direção à superfície. Está na hora de colocar minhas idéias em movimento.