Capítulo Vinte e Seis

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☆Angelina☆
Sentia terrivelmente sua falta.
Entrei completamente no modo pânico naquele dia, já fazia semanas que eu não o via, me sentia triste e abatida. Não comia direito, apenas o suficiente para ficar de pé, e meus pais me questionavam sobre o que acontecera.
Como eu poderia explicar algo como aquilo? Surreal, além de qualquer concepção? Eu seria no mínimo interditada.
Então ficava em silêncio, nem minhas músicas me atraiam mais, tudo me lembrava ele.
Ele não forçou a barra, também, me deu tempo, a única coisa que me disse que ele esperaria o quanto eu precisasse foi o enorme buquê de rosas vermelhas, que chegou uma semana depois, com uma chave numa fina corrente, que imaginei ser de sua casa.
Eu as levei para o meu quarto e quando senti o perfume opressor no ambiente desabei a chorar, inconsolável.
Minha mente tentava entender, dar um significado, uma explicação plausível para o que meus olhos viram, não encontrei nenhuma. A única coisa que podia fazer era conversar com ele, e tentar me adaptar aquilo. Eu amava Kaleo, mas do que uma pessoa normal poderia, mais do que o tempo que passamos juntos permitiria. Não queria perde lo, mesmo que ele fosse algo saído de um conto de fadas, um ser mitológico. Ainda assim eu o amava.

E precisava vê lo urgentemente

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E precisava lo urgentemente.
Troquei de roupa e coloquei um vestidinho estampado de verão, com sandálias de tiras, peguei minha bolsa, chaves do carro e saí.
Quando subi o declive para seu loft, senti um imenso aperto no coração, sentia muitas saudades dele. Ao chegar, tirei a chave do pescoço e, como imaginei, ela destravou a porta da frente, suspirei. Uma quantidade absurda de flores, buquês de todos os tipos e tamanhos estavam distribuídos em cada superfície plana, ocupando todos os espaços do lugar que era pequeno. Havia um bilhete em cada um, onde se lia apenas duas palavras: Me Desculpe. Eram centenas de vezes, centenas de pedidos para algo que ele não podia mudar, por ser quem ele era. Subi as escadas correndo, esperando vê lo o quanto antes, mas ao chegar em seu quarto, no banco em frente à parede de vidro com vista para a praia, apenas um bilhete me esperava, junto de um bombom de chocolate, dizia:
"Meu anjo, sinto muito por te la magoado. Não queria que fosse assim, e tenho me sentado aqui todos esses dias e pensado em milhares de outras formas que poderia ter contado isso a você. Mas sua reação seria a mesma em todas elas, sei que é difícil aceitar, mas espero que não seja impossível. Esperarei o quanto quiser, mas por favor não me deixe. Aguardo por você na água, entre nas ondas se quiser falar comigo. Meus amigos me avisarão. Eu te amo.
Do seu, Kaleo."
Duas lágrimas escaparam dos meus olhos e beijaram a folha.
Sai da casa correndo para a praia, tirei as sandálias e entrei na água.
Me assustei de repente com um som agudo que vários golfinhos faziam. E finalmente entendi sua referência.
Ele não demorou a emergir, com o peito nu, apenas de shorts, e eu fui ao seu encontro...


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O Filho do Mar🌊🐠A Child Of Sea Book One🐙{Concluído}🌊Onde histórias criam vida. Descubra agora