Capítulo Vinte e Um

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Angelina
Kaleo finalmente me convidou pra ir à casa dele, eu começava a achar que ele nunca me levaria lá. A vontade de estar ao seu redor era inexplicável, era como se ele fosse o meu Sol, e eu inevitavelmente ficasse gravitando ao seu redor; seu lugar era pequeno, mas aconchegante e a vista era linda, era fantástico e eu ficava imaginando o nascer e o pôr do sol de , o loft em si era aconchegante com toques inequívocos de que era um rapaz que vivia lá. Eu me pegava passando os dedos por suas coisas querendo entender sua história de tocá-las, ele tinha algumas conchas marinhas na estante, livros, uma TV enorme com sistema de som e um vídeo game. Coisas naturais e masculinas.
De repente o delicioso e único aroma de sua pele me envolveu e eu o encontrei parado atrás de mim com as mãos nos bolsos, aparentando não ter idéia do que fazer. Sua expressão era tão perdida e fofa que eu sorri, fui até ele e o abracei,-aproveitando para me embriagar mais no seu cheiro -
-Obrigada, Kal
-Pelo quê?- ele perguntou.
-Por me trazer até aqui, por me mostrar mais de você, por ser esse amigo maravilhoso que você é.
Ele segurou a parte baixa de minhas costas e me guiou até a janela da varanda.
-Sobre isso- ele pegou uma pequena mecha de meus cabelos e me olhou nos olhos.-tem algo que estive pensando muito em fazer, toda vez que olho para você.-
Nesse momento, eu comecei a hiperventilar ansiosa, imaginando se seus pensamentos tomariam o mesmo rumo que os meus haviam tomado muito tempo.
-O que é, Kal?-perguntei (inocentemente)
-Não sei se devo dizer lhe ou mostrar de uma vez, querida. Seu olhar hipnótico faísca, sorrindo para mim, e então aleluia, ele inclina sutilmente seu rosto em minha direção, e eu termino de encurtar a distância entre nós.
Não como descrever a sensação, ou a textura de sua boca. Acredito que se você se apaixonou alguma vez, pode entender minha falta de adjetivos. Se ainda não te ocorreu isso, você com certeza irá entender um dia.
Era como se eu fosse alguém sedenta que encontra um copo de água após
uma caminhada interminável.
Como alguém envenenado que encontra seu antídoto,
Como ganhar um estoque infinito de chocolate...
Indescritível, imparável, maravilhoso.
Era ainda melhor do que eu jamais imaginara, o beijo durou e durou, até que estávamos ambos sem fôlego, ofegando em busca de ar, eu estava vergonhosamente agarrada a seus ombros, como se eu estivesse me afogando e ele fosse minha tábua de salvação, eu não o soltei.
Ele era ainda melhor agora, eu estava perdida, completamente lascada e viciada neste belo rapaz.
Aposto que meu rosto estava tão vermelho quanto seus cabelos, a agradável temperatura de antes, uns 27° agora passava dos 40°, pelo menos para mim.
Ele me olhou sorrindo, satisfeito, com Seus profundos olhos de cor azul esverdeado, tirou uma caixa de uma mesinha proxima e perguntou
- Quer namorar comigo Angie?
Fiquei estupefata e, por um segundo achei que ele iria me pedir em casamento! E eu estava perigosamente perto de aceitar!
-Sim- eu disse brilhantemente.
Abri a caixinha e soltei uma risada, era uma Rosa de chocolate enorme.
Ele definitivamente me conhecia bem demais...

O Filho do Mar🌊🐠A Child Of Sea Book One🐙{Concluído}🌊Onde histórias criam vida. Descubra agora