Aqui, neste ponto, já aprendi a lidar com a falta que você costumava fazer.
As canções, antes tão nossas, agora já não me dizem mais nada. Costumavam dizer teu nome, costumavam dizer "você".
O lugar que você costumava ocupar em minha cama ainda está frio e vazio, mas já não me dói tanto assim lembrar... eu acho que não. Talvez ainda doa um pouquinho, mas você não precisa saber.
Lembrar-me das danças, das piadas tão nossas, dos apelidos, das brigas, das risadas, das lágrimas - jamais forjadas... Lembrar-me do teu abraço que nos tornava um, do seu beijo que me ascendia... já não dói tanto assim. Não como antes.
Ainda sinto uma saudade sua, mas neste ponto já não me tira mais o sono, nem lágrimas, nem nada. Me dá um aperto forte no coração, me restam dúvidas sobre onde foi que errei, e aonde tudo isso vai dar... e se no fim das contas, caberá a nós decidir.
Os meses, estes passam devagar, mas trouxeram alívio e paz ao meu coração. Não na totalidade, é claro. Algumas madrugadas frias ainda me fazem lembrar de você, de como te conheci, e então, surge um tormento. Uma saudade sua, uma vontade grande do que costumava acontecer entre nós.
Mas, sabe...
Logo passa! Não é mais uma agonia de segundos, minutos, horas, dias, semanas inteiras... É uma agonia que aparece vez ou outra, que dói demais, mas tão rápido quanto vem, se vai.São, ao todo, cinco meses que se passaram desde o último "adeus".
São cinco meses desde tudo e nada.
São cinco meses sentindo uma saudade sua, saudade essa que você nem sequer imagina que sinto.
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Uma Saudade Sua
Non-FictionAmanheceu. Meus dedos cansados seguram a caneta que uso para escrever estes versos. Meus olhos sonolentos encaram o papel de carta e em meu pensamento passam-se inúmeras coisas, dentre elas o fato de que eu deveria estar dormindo. Mas o que posso f...