Um Dia Com A Nerd (Projeto Reconstruindo)

10 -Scarlett- (Final)

Me desculpe por isso, eu não devia envolver você,
mas eu te amo demais para isso.
Se eu apenas puder ter você, não preciso de mais nada.

Scarlett Johnson

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Girei meus calcanhares na direção de Benjamin, meu pai irritado pedia a todo custo que eu entrasse no carro, dei de ombros o ignorando completamente. Não era minha intenção o ignorar mas era mais forte do que eu, eu precisava contar a Benjamin minha história.

— Se você não entrar vou te levar a força... –a voz do meu pai já estava vaga, eu só conseguia enxergar Benjamin.

— Scarlett... –Benjamin sussurrou meu nome, sua expressão era mista de incredulidade e perplexidade, eu me abaixei na sua frente e encarei seu rosto.

— Tudo começou quando eu tinha 7 anos...

— SCARLETT!!! –gritou meu pai.

— Meu pai era um lutador famoso, minha mãe uma simples cozinheira, eu era uma garota qualquer...

— Você não precisa fazer isso, seu pai está te chamando... –ele me interrompeu

— Eu quero te contar.

— A polícia está chegando. Seu pai vai ser preso –ele pegou na minha mão — Vá. –eu respirei fundo

— Então...

— Scarlett... –ele sussurrou pra mim, não tive coragem de olha-lo nos olhos, mas sabia que por sua voz suplicava.

— O oponente do meu pai em uma de suas lutas, já tivera amor pela minha mãe mas acabou não correspondido porque meu pai havia conquistado-a, mas ele não era uma pessoa comum, não era um simples oponente de luta, ele era louco obcecado –eu continuei

— Céus, você é teimosa –benjamin me interrompeu de novo, colocou as mãos no meu rosto — A polícia está chegando, vai embora, fuja, não precisa me contar sua história, não se importe comigo, eu sou um mané lembra? Sei que deve ter sido por uma boa causa... Só fuja!

— Eu não quero mais fugir. –sussurrei — estou cansada de fugir! Todos os anos eu fujo, todos os anos eu vou para outra cidade e todos os anos finjo ser quem não sou

— Porra... Que pesado. Sinto muito –ele me olhou com pena

— Se não fosse por aquele cara, eu poderia ser quem eu sou. Se ele não tivesse matado minha mãe, se ele não tivesse invadido minha casa bêbado e me atacado. Meu pai não teria se tornado um assassino, e nós não teríamos que fugir todas as vezes.

— Aquele cara te violentou? –ele se levantou, pasmo. Eu assenti. Benjamin fechou os punhos, seu rosto ficou vermelho se contraindo de irritação — Aquele bastardo! –eu me levantei.

— Ele destruiu tudo que eu tinha –Ben ficou quieto por alguns instantes

— Sinto muito...

—  Bom... – limpei as lágrimas dos olhos e sorri fraco — É por isso que eu fujo, e foi por isso que nunca dei uma chance para você. Espero que entenda –ele pegou minha mão e me olhou ternamente.

— Tudo bem. Eu entendo, não sou tão burro assim... –eu sorri fraco —Já te falei que era campeão em matemática?

— Uauu, isso é realmente inacreditável. –nós rirmos