2 -Scarlett-

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Hoje ela só quer, notícias boas pra se ler nos jornais, amores reais, amizades leais.🎶

Projota

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Trim, trim, trimmmmm.

O despertador tocava de uma forma inquietante, retirando os meus vestígios de sono. Bufo e tateio atrás dele desligando-o assim que o encontro.
Levanto preguiçosamente e checo o horário em um pequeno relógio de parede em forma de pokébola.
São exatamente 06:00 horas da manhã.

Levanto da cama, soltando um enorme bocejo enquanto amarrava meus cabelos em um coque desajeitado. Apresso meus passos em direção ao banheiro para fazer as higienes diárias.

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- SCARLETTINHAAAA VEMMM TOMARRR CAFÉEEEEEE!!!! -meu pai maluco cantarolava do lado de fora do quarto, enquanto fazia um ritmo com as batidas frenéticas na porta.

- Já vou! -grito saindo do banheiro e abrindo a porta do quarto em seguida.

- Você vai pra escola assim?! -ele aponta para todo o meu corpo enquanto fazia uma cara negativa.

- Sim por que? -cruzo os braços enquanto o encarava em tom sério.

- Você está tão... Nerd. -ele encara meu moletom cinza e minha calça legging preta.

- Obrigada. -dou leves batidinhas na sua costa. Ele faz um sorriso amargo.

- Com licença. -ele se afasta da porta me dando passagem.

- Por que você precisa ir assim?! -ele pergunta me seguindo até a cozinha.

- Porque sim. -respondo o óbvio.

- Você não é assim, preferia seu look antigo. -ele se abaixa pegando o meu all star jogado no chão.

- Aquele look antigo morreu. Só vou voltar a usa-lo quando voltar para aquela cidade. -solto um longo suspiro.

- Até o seu look de rockeira era mais bonito que esse. -sento bruscamente na cadeira, enquanto pegava fatias de queijo na mesa.

- Pai! -repreendo-o.

- Eu quero ir assim! -ele joga o tênis em minha direção.

- Nerd?! Olha, eu sei que você é uma garota muito inteligente, mais não precisa se vestir como uma. -bufo calçando-o.

- Eu já fui muitas pessoas. Já fui a patricinha, a rockeira, a cristã, a rapper, a lutadora, a esportista, a baderneira anarquista, a garota encrenca, a garota popular... -faço uma pausa recuperando o ar.

- Já fui muitas pessoas, menos nerd! -grito.

- Tem uma que você ainda não foi. -ele se senta ao meu lado me encarando de um jeito paternal.

- Qual? -suspiro.

- Você mesma. -diz em tom sério, enquanto acariciava meus cabelos.

- Se eu fosse eu mesma seria que nem você. Um procurado. -me levanto bruscamente abocanhando uma maçã e seguindo para a porta de casa.

- Eu sei oque as pessoas fazem com a nerds, e eu não quero isso pra você. -ele se levanta me seguindo.

- Eu quero que seja você mesma, a garota legal, lutadora, inteligente, bonita, meiga, a garota que gosta de rock e ao mesmo tempo tem fé... Quero que seja quem você é! Independente do que eu sou, ou do que aconteceu comigo. -o ignoro abrindo a porta de casa.

- SCARLETT! EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ. -retiro minhas mãos da maçaneta e viro para encara-lo.

- Oque é pai? -enfatizo ironicamente.
Ele fecha a cara por um tempo, pois odiava quando eu ironizava a palavra pai. Soava como se eu o considerava como um amigo e não oque ele é pra mim de verdade.

- Eu sei como as pessoas tratam os outros, principalmente aqueles que tem mais inteligencia invés da beleza. -ele solta um suspiro antes de dizer.

- Onde você quer chegar? -suspiro revirando os olhos, demonstrando total desinteresse da conversa.

- Você não pode deixar pisarem em você como se fosse uma pessoa fraca. -ele segura em uma de minhas mãos enquanto olhava em meus olhos.

- Sendo que você é forte o suficiente para revidar. -ele completa, com a voz rouca e sincera, retiro minha mão bruscamente e sacudo a cabeça pedindo que pare. Ele assente em silencio me deixando partir sem reclamar.

- Olha pai... -viro para encara-lo a uns passos fora de casa.

- Eu posso ser forte o suficiente para derrotar quem quer que fosse. Mas se fizer isso serei como eles, e isso é algo que eu não quero me tornar. -ele sorrir fraco como se dissesse "está certa" e me manda um beijo e um "boa sorte".

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- EIII! -ele grita correndo atrás de mim, eu já estava a 1 quarteirão da escola.

- Oque foi? -viro para ele que respirava ofegante.

- Você esqueceu sua bolsa... -ele a joga em mim, e me entrega um óculos grande vermelho sem lentes.

- Você é uma péssima nerd. -caçoa, me dando um beijo rápido na testa. Reviro os olhos em tom divertido, não se passou nem 5 minutos e nós já estávamos bem de novo.

- Tchau Pai. -sorriu para ele que assente se virando para ir embora.

Um Dia Com A Nerd (Projeto Reconstruindo) Onde histórias criam vida. Descubra agora