De Volta Ao Início Do Jogo

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- Max...

Seu nome saiu em um sussurro, perdido de meus lábios.

A expressão em seu rosto não mudou, mas seus olhos me sorriram. Talvez a distância, a saudade, mas ele estava mais forte, mais musculoso os ombros mais preenchidos. Os cabelos um pouco maior do que de costume e a barba mais cheia.

Só os olhos continuavam os mesmos...

Apenas, carregavam algo a mais que ainda não tinha podido desvendar.
Então meu cérebro se lembrou, e meus olhos recaíram para sua mão esquerda.

- Leo!! – A voz de Anna me chamou atenção – Assim não filho.

Desviei meus olhos para Anna, falando com a voz doce para o filho em meus braços, soltando os dedinhos do decote do meu vestido, onde puxava.

- Que isso, meu amor... – Soltei um riso nervoso brincando – Você está muito novinho para já estar desse jeito.

Anna me deu um sorriso compreensivo, quando entrou na frente da figura de Maxwell, na desculpa de arrumar o macacão do filho em meus braços.

- Tudo bem? – Perguntou movendo só os lábios.

Tentei forçar um sorriso, lhe dizendo que sim, quando na verdade, não estava nada bem.

Fez menção de pega-lo de meus braços, mas o puxei mais para mim, me recusando. Não estava pronta para perder seu calor e com medo de perder meu escudo.

- Minha esposa, Anna – Lucca puxou Anna, para seu lado – Bella, esse é Maxwell.

Pude sentir os olhos de Maxwell finalmente me deixarem, mudando para Anna que lhe deu um sorriso.

- O rei da Dinamarca.

- Nas horas vagas – Maxwell sorriu beijando a mão de Anna, quando Lucca apenas contornou a cintura da esposa, em um gesto claro de possessividade – Seu filho? - Ele perguntou, voltando a cravar os olhos azuis em mim.

- Meus filhos – Lucca o corrigiu de maneira orgulhosa, quando Anna se inclinou para o carrinho onde o bebê que dormia tranquilamente, ameaçava um choro.

- Esse é outro ciumento – Anna brincou, ajeitando o bebê com uma cara de sono, e a mesma carranca do pai, em seus braços.

- Ele tem suas meninas – Lucca se inclinou beijando a cabeça do filho, no colo da mulher.

- Bem se vê, de quem são filhos – Maxwell brincou, olhando entre os dois bebês.

- Papai!!!!!

O elevador soou, e uma confusão de cachos surgiu ainda com a mochila nas costas correndo para o pai, que se inclinou, a tomando em seus braços.

- E essa, é minha princesa, Anabella – Ele disse, beijando o pescoço da filha – Meu amor, esse é o rei Maxwell, da Dinamarca, amigo do pai.

Os olhos de Aninha se arregalaram, quando se virou para Maxwell, no colo do pai. E mais uma vez, me perdi, quando vi os olhos de Maxwell se cravarem em Aninha, e meu coração batendo forte.

- Tia Lilian!!! – Se virou para mim, chocada – Igual ao rei que a senhora disse!!!

Vi Maxwell sorrir, ante a admiração de Aninha, antes de se abaixar, fazendo sinal para que Lucca a colocasse no chão, pedindo para que ela se aproximasse.

- Na verdade, eu sou o rei de sua tia – Os olhos azuis desviaram para mim, me pedindo para revelar seus segredos – E ela foi minha princesa também. – Engoli em seco, meu coração quase saindo pela boca – Mas, haviam outras princesas, sabia?

Segredos do Rei: "A honra de um povo, selada pelo coração de uma mulher..."Onde histórias criam vida. Descubra agora