João Martins

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"Daria a vida por fazer o relógio voltar no tempo."

J. Martins


Ao abrir a porta, me deparo com  Antonella ajoelhada, no meio do hall de entrada entre varia fotos e imagens que falam por si só o homem que seu avô me transformou. Me sentia um idiota, um fraco por estar com cada uma daquelas imagens nunca teve sabor. Ao fim sempre me sentia meio sujo. Fraco... Seus olhos agora me fitavam como inquisidores opacos, não tinha absolutamente nada refletido dos profundos olhos azuis, eram como se estivesse sem vida. Enquanto ela olha cada uma das imagens, seu rosto era um máscara sem expressão, meus olhos varreram as imagem espalhadas algumas antecediam nossa união a maioria delas na verdade, não entendia como foram para ali, eram algo muito pessoal as guardava em seu apartamento. não sabia definir por que estava mais irritado, se pelo fato de sua exposição pessoal ou pela humilhação que esta imagems provocavam em sua jovem esposa.

_Contemplando a obra do seu avô? Pergunto irritado nunca escondi meus casos, mais ela nunca pareceu notar, Antonella vivia em seu mundo, um mundo apenas em que ela e suas ilusões assistiam, o infeliz do Monte Carlo rinha razão nunca a vi verdadeiramente feliz. Em algum memento havia construído em torno de si como uma película de cristal, mais ela tinha sua essência forte, marcante, doce, verdadeira sempre que tentava me afastar seu olhar me trazia de volta. Era como se ela me trouxesse paz, como mulher o sexo com ela era completo e apaixonado, para meu corpo e meu espirito era suficiente para meu orgulho não. Tinha algo nela que não me deixava ir mais nunca a deixaria ficar por completo.

_Somos responsáveis, por nossas escolhas Conte. Ela rebate, enquanto seu olhar prende ao meu, quando isso acontecia sabia que se a permitisse entrar. Ela desnudaria minha alma.

_Seu avô não me deu escolha! Afirmo irritado.

_Sempre temos uma escolha, meu avô com toda a certeza lhe fez uma proposta. Coube a ti a responsabilidade de aceita-la ou não. Coube a ti aceitar o casamento, e as promessas que proferi-o a mim no altar. Coube a ti nunca ter nos dado uma oportunidade. Assim como coube a ti a escolha de estar com cada uma destas mulheres, ou proferi as palavras gravadas aqui. Ou meu avô a obrigou a fazer amor com elas também. Ela diz cada palavra com a voz tremula encapuzada por uma máscara de serenidade.

_Fiz amor com apenas uma mulher Antonella. Apenas uma. Não ponha a culpa em mim, por acordar dos seus contos de fadas, você manipulou seu avô! Para ter este casamento. Você procurou esta situação por puro egoísmo, por não poder ver Lizia fe....

_Chega... chega! e chega!. Eu não sabia de seu acordo com Mendes. Não fazia ideia dos arranjos por traz dos termos da fusão dos bancos. Meu pecado naquele momento foi ser crédula em ti e em Mendes. Queria tanto um família queria tanto um lar, queria tanto tudo isso com você... Nunca tramei nada... como poderia?

_Pare de mentir, a versão vítima não combina com você. A acuso.

_ Não tenho porque mentir, Antonio me contou do acordo dias antes de falecer quando fui implora-lo novamente para que me apoia-se no pedido de divórcio, mais não era conveniente para ele ter uma neta divorciada, para o banco ter uma herdeira divorcia, e a ti não lhe era conveniente esta divorciado...

_É pior que seu avô... minha cara...

_A mim, culpa de manipular meu avô, a meu avô culpa por ter obrigar a se casar com um mulher como eu? A quem mais devemos para culpar por suas escolhas.

_Não suporto esta farsa, a momentos que não suporto nem olhar para você.

_Acredite sei perfeitamente como é isso, nestes três anos passei de um traste humano a um meio de descarregar suas frustrações quando não estava disposto a aplacar suas frustrações com uma mulher que exigiria algo de ti depois de abrir as pernas. Ela repete minhas palavras com voz embargada, pela primeira vez vejo uma lagrima escorrer por sua face, nem quando sofreu um aborto na primeira gestação a vi chorar. Meu ódio vai embora, ela nota e desvia seus olhos dos meus pela primeira vez desde que entrei na sala. A levei a um esgotamento emocional profundo. Sempre a tomei por uma menina minada e sensível, tomei seus sentimentos por mim como um capricho afinal ainda é tão jovem e tão frágil em sua aparência.

Cansei de amar você.Onde histórias criam vida. Descubra agora