João Martins

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"Um homem sábio sempre reconhece quando está perdendo algo que lhe pertence."

J. Martins

Antônio Mendes, pode ter comprado meu orgulho e minha dignidade mais jamais comprar a felicidade de sua neta e sei que mesmo no inferno está se arrepende amargamente por ter iniciado está história, me encarreguei me destruir cada parte de Antonella, mesmo que sentisse um gosto amargo ao fim de cada conquista. Hoje essa pobre diaba é um vegetal humano. Em dias como hoje olha para ela e não sei de quem sinto mais pena. Sei que não fui capaz de parar... Ultrapassei todas as linhas e ultrapassei todos os limites, a ponto de não me reconhecer também como ser humano.

Durante estes três anos fiz de tudo para que Antonella me deixa-se e rompesse o contrato sei por seu olhar que hoje consegui, mas o fato dela estar gravida novamente muda todas as regras do jogo definitivamente o controle do banco passe legalmente para minhas mãos. Ela não era mais necessária e sabia disso. A pergunta era, por que não me sinto feliz, está criança a afastava definitivamente de minha vida, e em alguns momentos me perguntava se era por isso que rejeitava tanto a ideia de ter este filho.

_Parece preocupado João Martins. Perguntou Gilmar Sellim Campello, um importante industrial. A dois meses vinha alimentando a esperança de se tornar meu sogro afinal meu breve romance com sua filha não necessariamente mas um segredo em nosso meio. E a gravidez de Antonella era a fonte de decepção em sua face.

_Para falar a verdade estou ansioso para levar minha esposa pra casa.

_Claro tem muito que comemorar disse Barbara com cinismo.

_Sim tenho. Uma esposa jovem, apaixonada e gravida de meu primeiro filho que homem não teria?

Olho novamente, para esposa e se perdeu ao avalia-la era impossível negar que seu olhar apaixonado e sua candura sempre tinham mexido com ele de forma que nenhuma outra mulher tinha feito, se tivesse dado abertura possivelmente teríamos um casamento norma u tipo de união que nunca teria com Luiza ou com qualquer outra mulher que já esteve em minha cama.

Pela primeira vez não viu em seu olhar esperança ou admiração, em seu olhos avia um vazio tão grande que a metros de distância eu podia sentir sua dor. E mesmo assim não conseguia desviar meu olhos. Depois do discurso me mantive afastado por um tempo a observando de longe, no fundo e que não sabia como fazer para voltar atrás. Neste instante Barbara tentou toca-lo, mais sentiu um imenso mal estar com sua proximidade. A observou levar a mão no ventre, enquanto conversava com Ambrósio Neto e sua irmã, assim decido me aproximar.

Ambrosio era um dos poucas pessoas próximas aos Mendes e tinha a mais absoluta certeza que ele adoraria afastar Antonella de seu poder. Tinha quase serteza que o mesmo só se envolvel como sua irmã para estar próximo a sua esposa. Sem poder conter sua ansiedade pediu licença ao grupo e se retirou. Sua mente voltou para o discurso que fora totalmente sucesso e espontâneo e lhe tinha dado a ligeira sensação de perda que agora tomara uma dimensão gigantesca.

_Sente-se bem? Perguntei tomando coragem para me aproximar.

_Não, gostaria de ir.

Sinto um aperto no peito, mesmo não sabendo definir o quanto quero este filho não quero que nada de ruim volte a acontecer. _Ficaremos mais meia hora depois a levarei para mansão. Disse sem pensar. Suas expressão mudou ao compreender o sentido de minhas palavras seu olhar percorreu o salão e se fixou Barbara, conversava animadamente com um grupo, neste instante, achei que desabaria porem ela se recompôs, e respirou profundamente.

_Sendo assim não é necessário que me acompanhe. Disse fria e distante. _Tenha uma boa noite Conte. Neste instante soube que ela sabia do meu envolvimento com a modelo. Não entendia, porque não pedia o divórcio, talvez nunca me preocupei com ela o suficiente para entender. A expressão de Antonella era de desprezo. E esta noite éramos o centro das atenções.

Cansei de amar você.Onde histórias criam vida. Descubra agora