22 de outubro de 2017

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          Mais lágrimas.

          Porém, dessa vez não são por você. Infelizmente não são por você.

          Por que!?

          Quando fizemos aquele voto de confiança... acho que não valeu nada.

          Angústia.

          Meu sentimento do agora.

          Causado por algo que deveria fazer me sentir bem.

          Não mentiram quando disseram que palavras ferem mais do que um golpe de espada.

          A confusão ainda se encontra aqui. Pronta para me arrastar para um lugar do qual não serei capaz de sair.

          Meu porto-seguro?

          Palavras. Apenas palavras.

          Tudo ruiu com uma revelação. E, óh, como me arde esse sentimento no peito!

          Ela foi minha ruína. Ela não me abraçou quando mais precisei. Ela me virou a cara. E isso não melhora em nada!

          Como aliviar a dor?

          Lágrimas quentes correm em meu rosto.

          Risos alegres ao longe me fazem querer não ser eu mesmo.

          Agora sou apenas eu e uma música de depressão que promete ser minha trilha sonora para decepções.

          Dói, sabia!?

          Arde como fogo, mais do que qualquer outra dor que jamais sentirei.

          Você, sim, você minha amiga. Você era a pessoa na qual escolhi acreditar. Mais do que na mulher que me deu a luz.

          Foi o maior voto de confiança que fiz em minha mísera vida.

          Eu acreditava. Eu ainda acredito em você.

          Mas isso diminuirá as mágoas? Me fará esquecer o quanto sofri quando foram proferidas aquelas palavras?

          Não.

          Isso não fará nada mudar.

          Eu preciso de você. Muito que você não sabe nem quanto.

          Eu preciso que você me dê amor e carinho, carinho e amor ou o que preferir. Só preciso do seu abraço.

          Preciso que você diga que tudo vai ficar bem. Que as coisas vão mudar. Preciso apenas de um abraço. Seu abraço.

          Arrependimento.

          Me arrependo amargamente de ter exposto o que sinto.

          Não por você. E sim por mim...

          Ao deixar aquelas palavras escaparem de meus pensamentos tive certeza que nunca as coisas seriam as mesmas.

          Malditas palavras, devo dizer.

          Palavras as quais deixaram meus medos libertos.

          Medo de perder você.

          Eu não suportaria perder você, minha amiga. Óh, como não suportaria...

         Mas sinto te perder com o passar dos números nessa tela digital. Eu nunca deixei de ser sozinho.

          Foram apenas ilusões que me fizeram acreditar que eu poderia contar com alguém além de mim mesmo.

          Mas eu não a culpo.

          Nunca seria capaz de fazer isso com você.

          Mesmo não demonstrando, eu te amo.

          Mas,...

          Me arrependo amargamente de precisar das pessoas.

          Me arrependo amargamente de sentir algo por você. Porque é você o culpado de tudo.

          Foi você quem destruiu minha vida infeliz.

          Foi você que me tirou o chão e me arremessou contra o vazio.

          Foi você e esse seu maldito jeito de agir.

          Encerro agora esse capítulo, pois os soluços impedem que as palavras corram livres.

          Bem queria que a vida fosse assim; um gesto e tudo está acabado.

          Mas, espera!

          A vida é assim, não é!? Pelo menos o fim dela...

          Mas, infelizmente não é tão fácil.  O medo, a angústia, as lágrimas.

          É difícil deixar tudo pra trás.

          Tudo que ama e tudo que odeia. Deixar amigos, família, amores, sonhos...

          Ah, malditos todos estes!

          Como a frase da minha vida diria:

          "Eu gostaria de deixar tudo para trás."

          "Eu poderia deixar tudo para trás..."

          "Se ao menos soubesse que a morte seria tão amável..."

Meu doce e triste Vazio...Onde histórias criam vida. Descubra agora