'' Eu acho que já basta. Eu realmente estou cansado disso tudo. Pra mim já chega
— Haneul''
— E foi assim que eu me machuquei, mãe. —Haneul explicava para a mãe o motivo do pulso e do tornozelo fraturado.
—Você acordou de madrugada para ir atrás do Wonwoo e tropeçou nas escadas?
— Sim. Ele tinha ido comer alguma coisa, daí eu acordei e fui atrás dele. Como todas as luzes estavam apagadas, eu acabei me machucando.
— A mãe dele não acordou?
— Não. Eu só fui começar a sentir dor hoje de manhã.
— Você precisa ser mais cuidadoso, Haneul. Eu realmente fiquei preocupada quando você chegou aqui. O medico mandou você repousar e tomar os remédios, ok? Eu preciso fazer algumas coisas na cidade, então fique aqui. Qualquer coisa você me liga ou liga para o Wonwoo, ok?
— Ok. Pode ficar despreocupada.
— H A N E U L —
— Você veio da cidade? — Wonwoo perguntou para Mingyu, que fazia a gentileza de segurar o guarda-chuva, levando em consideração que ele era mais alto e poderia muito bem acomodar os dois debaixo do objeto sem que alguém saísse molhado.
— Sim.
— Por qual motivo?
— Meus pais queriam um lugar mais tranqüilo para viver. Eles achavam que eu estava ansioso demais na cidade, e que precisava de um lugar para relaxar.
— E vocês escolheram morar logo nessa ilha? — O menor perguntou em tom de deboche.
— Há algo de errado com ela?
— Tirando o fato de que uma pessoa se suicidou por causa das pessoas que vivem aqui, não há nada de errado. Pelo menos o ar daqui é puro e a água do mar é morna. — Wonwoo disse se referindo ao ar e ao mar como as únicas coisas boas da pequena ilha que viviam.
— Entendo.
Os dois ficaram quietos e voltavam a caminhar tranquilamente de volta para casa.
— Wonwoo? — Mingyu chamou o mais velho.
— Sim?
— Poderíamos continuar a conversa que tivemos na hora do intervalo? — O maior pediu.
— Eu pensei que você já soubesse de tudo.
— Quando eu cheguei, eu notei os pequenos memoriais espalhados pelo corredor. Ninguém tinha me dito nada, mas o diretor percebeu a minha cara de confusão e me explicou por cima o que tinha acontecido.
— O que ele te disse?
— Ele disse que vocês perderam um aluno muito querido devido a uma depressão que ele tinha.
— Ah é? Ele disse isso?
— Sim. Depois disso, ninguém me disse mais nada.
—O Haneul nunca foi ninguém, Mingyu. Ele era um completo anônimo até ele cometer um deslize por causa dos próprios desejos. Bastou uma simples troca de palavras do Haneul com outra pessoa, que tudo desmoronou para ele e para essa pessoa. Eles não te disseram nada sobre o Haneul por puro medo, Mingyu.
— Como assim? O que exatamente fez com que ele tirasse a própria vida? — Mingyu perguntou confuso.
— É verdade que o Haneul se suicidou, mas isso não tem haver com depressão.
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HANEUL
FanfictionUma declaração mal sucedida causa um grande incidente em uma pequena cidadezinha do interior da Coreia. Enquanto a Polícia, o juiz e todos os outros habitantes da cidade acreditavam que suicídio era a única explicação plausível para a morte daquele...