Drogas

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'' Eu nunca entendi. Porque entre tantos alunos, escolheram logo eu? E o pior, porque ela queria tanto me ver morto.

— Haneul''

— Já faz um tempo que as aulas acabaram. — A garota disse se sentando no balanço ao lado.

— Eu sei. — Haneul respondeu abaixando o rosto para que ela não visse as suas lágrimas. Como se já não bastasse a humilhação que tinha passado no corredor da escola, não achava necessário demonstrar mais fragilidade. — Aqui é o único lugar onde eu posso relaxar. Esse parquinho está abandonado, ninguém vem aqui.

— Entendo. — Ela respondeu.

Haneul suspirou, enquanto mais lágrimas escorriam pela sua face. Seu peito doía tanto, que ele sentia que poderia explodir a qualquer momento.

— Eu só quero fazer essa dor parar. Eu só quero deitar na minha cama e dormir por muito tempo. Eu só quero acordar quando eu estiver livre de todas essas coisas. — suspirou. — Mas, eu sinto como se eu nunca fosse me livrar disso. Eu sinto como se eu fosse continuar refém desses sentimentos. Eu só queria ser livre, sabe?

— Haneul? — Ela o chamou, e em seguida obteve a atenção do menor. — Eu posso te ajudar a fazer a dor parar.

E então, as lágrimas deram trégua.

— Pode? — Ele perguntou com a sua inocência.

— Posso. Tem um remédio que o meu pai toma todas as noites. Esse remédio serve para curar a tristeza, e quando se toma vários, a dor passa mais rápido. — Ela disse se aproximando do garoto. — Ele pode curar eternamente a sua dor, Haneul.

— O que você está sugerindo?

— Você é inteligente, Haneul. Se você tiver interesse, você pode me mandar uma mensagem para que eu os leve para você.

Não precisou de muito para Haneul decidir o que queria. No dia seguinte, ele estava em uma rua vazia o suficiente para obter os tais remédios que seriam os provedores de sua felicidade e fim. 

HANEULWhere stories live. Discover now