When it's You

9. "Mergulha nesse lar, é frio na barriga"

Cheguei... simbora?

votem e não tenham medo de comentar, isso mostra a valorização do nosso trabalho galera. super agradeço gente, sério mesmo... Tus é incríveis :)

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Vitória's POV

A temperatura do meu corpo aumentou, e respirei profundamente quando vi que Ana tinha fechado seus olhos a espera talvez dos meus lábios. Beija logo essa menina, Vitória. Ela tá te querendo o lado do coração pediu, mas a cabeça ordenou Ela tá bêbada, não vai sentir nada ao acordar.

- E-eu não p-posso fazer isso, Ana - gaguejei, e ela abriu os olhos lentamente parando para me fitar pausadamente.

Por um instante, pensei que eu realmente tivesse estragado tudo. Mas um mínimo lampejo de sorriso passou pelo rosto dela.

- Não pode... ou não quer?

- Oh Aninha, esperei tanto por isso que eu quero que seja especial, intenso sabe? Eu sei que amanhã tu num vai nem lembrar. - falei, mesmo sentindo meu peito doer e meu coração gritar. - Não quero ser a tonta que te beijou pra depois tu esquecer.

- ... e q-quem disse que eu v-vou esquecerrr? - ela levou seus lábios até a minha orelha e senti um arrepio quando a escutei cantar baixinho - Mergulha nesse lar, é frio na barriga... que dá quando se encontra quem se ama.

Por um momento me arrependi de não ter a beijado ali, não ter feito o que meu coração estava sugerindo o tempo todo. Ana era dona de uma voz impecável e extremamente doce, e que sortuda eu sou por ter sua voz particular tão pertinho de mim.

- A gente tem que ir embora, Ninha. Já tá muito tarde. - me distanciei dela ainda sentindo o efeito Ana Caetano, e peguei na sua mão. - vamos... eu te tiro da piscina. Quer ajuda?

- Não... eu ainda sei me equilibrar sozinha.

Disse ela saindo por si só da piscina. Tentei não encarar a situação de forma pessoal, e então vesti meu vestido, com um pouco de incomodo porque eu ainda estava com minha roupa íntima molhada. Só depois de uns dez minutos, Ana conseguiu vestir sozinha o seu macacão.

- Minha cabeça tá doendo - a morena reclamou massageando suas têmporas - isso é ruim?

- Quando a gente estiver no apartamento eu te faço um chá e te coloco pra dormir. - falei e ela imediatamente revirou os olhos ainda tonta.

- Não precisa não, Vitória...

- Lógico que precisa, e não discuta comigo. Hoje sou eu quem dou as ordens por aqui. E se eu falei que vou te colocar pra dormir é porque eu vou fazer isso. Agora vamos atrás da Gabi, porque, com certeza, ela tá bem pior do que você.

E eu estava com a razão.

Voltamos pra festa do Alexandre e me deparei com o apartamento quase vazio, o próprio dormia de boca aberta no sofá da sala e alguns dos seus amigos estavam estirados no chão conversando entre si. Procurei Gabi pelo cômodo que certamente ela não deveria ter saído, mas acabei não obtendo êxito. Fui até o único lugar que Gabriela gostava de ir toda vez que bebia, sim, o banheiro. E lá estava ela, de frente ao vazo sanitário colocando pra fora um líquido amarelado.

- Gabi - falei -, mas que porra... pra quer tu vai beber desse jeito?

Ajudei a minha amiga a se levantar e limpei sua boca com um pedaço de papel higiênico.

- Viiii-tooooriaaa euuuu naauuuu touuu bemm - ela disse enrolando a língua - meee leevaa praa casaa.

- Dá pra perceber que tu tá só a misericórdia, mulher.