18. "Quero não desmanchar "

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Cap gradinho, ja deixem a sua curtida e fiquem de boa pra comentar <3
Se tiver erros, perdoe rs postei muito rápido sem revisar.
Sem mais, espero que gostem. ;)

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Vitória's POV.

Todo mundo guarda um pingo de ciúmes dentro de si, pode ser do seu namorado, da sua mãe, do seu pai, dos seus amigos, dos seus objetos intocáveis e por aí vai. É muito natural sentir esse tipo de sentimento quando se está apaixonado por alguém, parece que tudo é motivo para a desconfiança. Se sua namorada sai com os amigos a gente diz "tudo bem, pode ir" mas no fundo sabemos que fora dos nossos olhos as pessoas podem ser estranhas ou ousadas demais para buscar experiências. E é engraçado que permitimos dar a liberdade mesmo não querendo, e parece ser egoísmo, mas aprendi que temos que saber medir as coisas. Quando se tem confiança, tem tudo. Agora, e quando tu tem aquela pontinha de preocupação com o destino?  Com o tempo? E quando até mesmo antes de você, já tivesse outra pessoa disputando um cargo maior na vida da sua pessoa?

Oxe, a vida as vezes não é brincadeira. Sempre penso assim quando costumo desabafar minhas emoções e naquele instante quando percebi que a atenção de Ana Clara estava concentrada no estado físico e emocional de Leticia, me veio então a pergunta misturada com a dúvida: Por que ela se importa? Ou melhor, por que ela ainda se importa de se importar? Um trava-línguas eu sei, mas isso é o que se chama "relação a dois" é querer talvez competir a atenção com os demais.

Fechei meus olhos por milésimo de segundos e aproveitei para deixar a respiração restaurar minhas energias. Eu não costumava ser uma pessoa fria, ou de mal com a vida, só que com algumas ações de terceiros me vi morder os lábios em protesto da minha raiva quando senti que Ana Clara não deixaria de fazer o que ela estava fazendo. Então voltei pro apartamento de olho no meu celular para aguardar notícias e decidi não pensar em coisas negativas. Liguei a TV a procura de concentração, mas juro por Deus que era difícil fazer isso pois as horas só se passavam e nem um bendito sinal da minha namorada.

Até que escutei um toque, e meu coração foi a mil quando vi que era ela.

-- Até que fim, já tava pra ir aí. -- falei com sinceridade.

-- Desculpa, dengo! Celular descarregou e pra achar uma tomada aqui que preste. -- ela desconversou com uma voz não muito amigável.

-- E como ela tá? -- perguntei me referindo a Leticia. -- Já deve tá melhor, aposto.

-- Pior que não tá não. Ela vai ficar mais um pouco -- escutei com toda atenção do mundo, mas pronta pra ouvir o que eu não queria --, e vou fazer companhia a ela até aparecer alguém.

Essas palavras serviram como facada e eu senti o impacto.

-- Tu já fez tua parte, Naclara. -- Mesmo eu não gostando muito da idéia de saber que Ana Clara estava praticamente decidida em ajudar Letícia, mesmo assim  tentei abrir sua cabecinha -- Melhor vim pra casa e deixar que os médicos cuidem dela. Tu aí não vai adiantar de nada até porque pelo o que eu sei você não estava falando com ela. Deixa de inventar coisas, mulher.

Senti um silêncio, mas pela respiração forte e pesada de Ana, constatei que ela não tinha saído da ligação.

-- Eu não quero brigar. -- foi então que ela disse -- Só confia em mim, não te peço mais nada fora isso.  Assim que ela tiver uma melhora eu volto pro apê.

-- Ok. Praticamente tu conseguiu tirar minhas dúvidas.

-- Quê?! Como assim, Vitória? Não pira, por favor.

When it's YouOnde histórias criam vida. Descubra agora