Irmãos Repentinamente

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 A Adélia já foi ver seu feijãozinho, faz uma semana que chegamos da fazenda. Nesse momento estou na casa da Annelize escolhendo um filme bom pra gente assistir.

_ Como é ser irmã do seu melhor amigo?- pergunta bebendo seu refri.

_ Normal, no começo era um pouco estranho, mas agora- penso bem nas palavras que irei falar- sinto que somos muito mais que amigos, porque é diferente, não nos vemos todos os dias, nós acordamos e dormimos juntos todos os dias, é algo inacreditável, o sentimento é tão repentino, tudo muda muito repentinamente sabe- sorrio pra ela.

_ Nossa- ela diz baixo- você tem sentimento pra ele como irmã, ou como amiga?

_ Não sei, acho que o que sinto por ele ainda não chega a ser amor de irmã, mas sim um amor de BFF muito forte- sorrio.

_ Como você- eu a interrompo.

_ Está me entrevistando?

_ Sim- ela levanta o celular que está gravando a nossa conversa e dou uma gargalhada- vamos continuar, como você se sente sabendo que vai ter um irmão que tem seu sangue e o sangue do seu melhor amigo?

_ Me sinto realizada, é tão bom saber que nós estamos fluindo a nossa aproximação e que iremos ficar cada vez mais próximos, eu vou ter que ajudar a minha madrasta a cuidar do Feijãozinho e nós duas vamos com certeza ficar mais unidas, assim como o Felipe e meu pai, os assuntos que eles dividem são os mesmos, acho que nosso irmãozinho veio para nos unir.

_ Você tem algum sentimento diferente pelo seu irmão postiço?- pergunta dando "aquele" sorriso.

_Não- digo curta.

_ Muito obrigada pela entrevista- diz salvando o áudio- vai, põe o filme!
Depois que já tinha passado a metade do filme meu celular toca, saio de perto pra não incomoda-la.
Pai❤: Filha, você está em casa?
Whitney: não pai, porque?
Pai❤: volta, por favor.
Whitney: tá- digo simples.
Desligo o celular e explico-me para Annelize.
_ Tchau Whit, depois você vem de novo- ela sorri.
_ Tá bom, tchau.
Eu vou a pé mesmo e quando chego em casa tomo um susto com o que vejo.