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Eu estava sem reação, não sabia o que fazer, então segui o fluxo como sempre tento fazer
-o que você quer de mim?
-você já sabe...
-não tem nada que eu possa fazer?
-tem mas... isso não vem ao caso agora
-me fala, com certeza deve ser melhor que isso- falo o olhando de cima a baixo
-você teria que vender drogas para umas pessoas por mim
-por quanto tempo?
-até quando eu falar que não precisa mais
-e isso que você quer de mim hoje, vai ser só hoje?
-sim, meu pai pediu que eu não judiasse muito de você- eu fiquei um tempo pensando, se eu vendesse drogas poderia ser presa o que não é pior do que ter uma "noite" com esse fdp2x, mas e meus pais? O que eles achariam de eu ser presa? Eles já tem o meu irmão para ela se preocuparem
- tá bem
-o que?
- só hoje- ele começou a desenrolar a toalha do meu corpo, eu estava completamente nua na sua frente; então eu ouvi meu pai falar lá de baixo que ia levar meu irmão para o hospital, eu gritei de volta
- TUDO BEM, EU CONSIGO ME VIRAR SOZINHA- então Ryan me pegou pela perna e me colocou em seu ombro, abriu a porta do banheiro e me jogou com tudo na cama
- eu vou te agredir até você desmaiar- dito e feito, acordei sozinha na cama de madrugada, eu tinha cortes nas costas e roxos no pescoço, meu corpo doía, então levantei da cama e fui tomar um banho quente, a água batia em minhas costas que ardiam pelos cortes, que vontade de matar aquele fdp2x!
Coloquei um pijama bem quente e tentei dormir, cochilei por umas duas horas e acordei novamente as 4:27 da manhã, me troquei fui até a cozinha comer alguma coisa já que estava sem sono, depois de comer fui ao banheiro fiz minhas higienes peguei meus materiais, casaco e bicicleta, estava a caminho da pracinha aqui do bairro, queria observar a neve que grudava nos bancos, cheguei lá e a praça estava deserta, escolhi o banco com mais neve e começei a observar, a neve não estava branquinha como sempre, deve ter chovido de noite porque ela estava suja, como eu, eu estava suja por dentro, uma sujeira que ninguém poderia limpar, e foi aí que eu me apoiei no banco sujo de neve e comecei a chorar, eu chorei tanto que meu rosto inteiro estava inchado, e minha visão embasada, e por conta disso não consegui ver quem estava se aproximando
-Catarina?
-quem é?- disse com a cabeça baixa
-Finn
-ah
- porque está chorando de novo?-ele disse preocupado
-sabe, eu não sei se estou preparada pra me abrir totalmente com você mas de algum jeito eu me sinto bem falando sobre isso com você- ele me levantou e segurou minha cintura enquanto limpava o banco com neve para que sentássemos nele- o meu pai era casado com uma outra mulher antes da minha mãe, e ele teve um filho com essa mulher, esse menino estuda na minha escola e ontem ele foi lá em casa, me explicou que era meu meio irmão e me deu duas opções: ou eu vendia drogas por ele por tempo indeterminado, ou ele teria uma "noite" comigo
- e qual você escolheu?
-a segunda opção- disse encostando minha cabeça em seu ombro e voltando a chorar só que dessa vez baixinho- ele cortou minhas costas e chicoteou meu pescoço Finn

Finn

-ele cortou minhas costas e chicoteou meu pescoço Finn- eu não sabia o que dizer, não sabia se perguntava a ela o porque de ela não denunciá-lo, por que tinha medo de machucar ela, essa menina meche comigo de uma forma inexplicável, ela é diferente, sei lá, desde o dia em que a vi na calçada do seu prédio me senti atraído como um imã para perto dela, por isso fiquei paralisado tentando observar cada detalhe de seu rosto impecável, mas eu finalmente tomei coragem e disse
- por que está aqui a essa hora?- tentei mudar de assunto
-perdi o sono, e você?
-não sei, gosto de andar pelas ruas enquanto ninguém está por perto
-hum-e o silêncio se estabeleceu ali, eu não sabia o que falar, não sabia se ela queria que eu falasse algo, então ela deitou sua cabeça nas minhas pernas, ela estava chorando baixinho ainda, decidi fazer carinho nas suas bochechas rosadas e molhadas por conta das lágrimas e vi um sorrisinho envergonhado se formar em seu rosto, eu sorri também, sorri porque fiquei feliz de saber que eu era o motivo do seu sorriso, ela acabou dormindo, eu sabia que ela tinha aula daqui algumas horas então a peguei no colo e a levai para a minha casa que ficava em frente à praça, a deitei na minha cama e voltei para pegar sua bicicleta a qual deixei no jardim coberto de neve

[...]

Catarina
Acordei em uma cama desconhecida, era um quarto de menino, o que eu estava fazendo ali?
-Catarina?- ouço a voz de Finn no fundo do quarto, não tinha o visto ali
-oi
-você tem que ir para a escola agora
-como eu vim parar aqui?
- você acabou dormindo no meu colo na praça então te trouxe para cá para que você dormisse melhor
- ah, brigada- disse meio envergonhada e me levantando para ir embora
-a sua bicicleta está no jardim, vou com você até a porta- e ele foi mesmo comigo até a porta, aah como ele era fofo, eu o amo tanto, nem sei descrever!
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O que vocês estão achando da fanfic? Podem dar sujeitões se quiserem (:

Anotações ☁️ Finn Wolfhard (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora