Ficamos por um tempo em silêncio, ela ainda estava se recuperando
-Jack, Eu não devia me abrir com você, mas eu vou. Porque eu definitivamente estou precisando e esse é o tipo de coisa que eu faria com o Lucas mas, ele me bloqueou e sumiu da minha vida literalmente- pera, quem é Lucas?- ata, pera, você não sabe quem é Lucas né?
-não- soltei um leve riso
-certo, Lucas era o meu único e melhor amigo que sempre me ajudou em tudo que eu precisei e também me ajudou a superar todos os péssimos acontecimentos da minha vida, então do nada ele me fala que vai se mudar para Itália e me bloqueia em todas as redes sociais cortando o nosso possível contato- eu não sabia o que dizer, mas senti pena dela, acho que não devia mas senti.
-eu não sei o que falar Catarina
-não precisa falar nada, mas agora eu vou desabafar totalmente porque eu realmente estou precisando Jack, eu estou confiando em você, e eu acho melhor você não trair a minha confiança
-não vou
-tá, vamos começar pelo fato de que há muito tempo eu parei de sentir coisas, eu era abusada sexualmente pelo meu pai, e ele não pegava leve, então eu comecei e perder meus sentimentos, eu não sentia mais nada além de dor e tristeza, eu ainda tinha esperanças de que algum dia eu ia voltar a sentir felicidade, amor, entre esses sentimentos bons, mas aí essas esperanças acabaram quando minha mãe se foi, e eu vi a cena toda, eu e ela havíamos saído para um piquenique escondidas do meu pai já que ele não me deixava sair, então ela me disse que ia buscar uma coisa no carro mas antes de ir disse que me amava muito, de verdade, e eu acreditei até o momento que escutei o carro ser ligado e ela fugiu, ela literalmente se foi, ela foi em direção a floresta com o carro e ele bateu em uma árvore, o carro estava destruído, e para melhorar a situação ele começou a pegar fogo, sim fogo, eu vi minha mãe fugir de mim e depois pegar fogo. Eu já não sentia mais nada e cada noite que se passava eu me aterroriza mais e mais com meu pai, então ele voltou com a sua primeira esposa que estava mais para puta, ela tinha um filho e ele virou meu "irmão" eu não me lembro de nada dele pois ele nunca estava em casa e nos nunca nos encontraríamos naquele lugar nojento
-sua casa?
-não posso chamar aquilo de casa mas é, minha casa. Não demorou mais de um mês para a polícia descobrir que eu era filha da mulher do carro que pegou fogo, então a mesma veio até a minha casa e acabou descobrindo tudo, foi aí que eu fui "salva", me levaram para um orfanato e prenderam meu pai, atualmente eu não faço ideia de onde ele esteja e nem quero saber
-wow, Eu...- ela não me deixou terminar e disse
-ah, e um bônus, o meu "irmão" é o Ryan, e meu pai me chamava de princesa, por isso eu fique tão estressada e brava. Além disso eu tenho trauma da palavra agressividade- eu a vi segurar o choro- pois meu pai a usava em uma frase antes de fazer aquelas coisas, e também eu já fui estuprada mais duas vezes depois disso, as duas esse ano, uma na frente da escola, eu estava desmaiada mas era cedo então não tinha ninguém, na outra Ryan invadiu a minha casa e aconteceu- ela começou a chorar, sem saber o que falar eu a abracei e então ela começou a chorar desesperadamente, ela soluçava, depois de um tempo ela parou de soluçar, mas ainda chorava, ela disse
-obrigada por me ouvir Jack
-sempre que você precisar Catarina- dei um leve sorriso e ela continuou séria
-eu não quero voltar para a aula- disse ela mudando de assunto
-eu prefiro ficar com você
-eu também-ainda estávamos abraçados- me conta de você- na mesma hora eu gelei, mas eu preciso falar com alguém mesmo...
-bom, eu não tenho muita história mas meus pais ainda estão juntos e eu aprecio muito isso, eu tenho duas irmãs mais novas, são gêmeas, elas têm três anos de idade e ao mesmo tempo que me irritam me acalmam, eu tinha uma irmã mais velha, dois anos mais velha, ela nasceu com câncer leucemico e ele começou a se desenvolver totalmente, ao ponto dos médicos descobrirem, quando ela tinha dois anos, meus pais me tiveram na intenção de me usar para tentar salvá-la, pegar meu sangue, órgãos e etc, até uma certa idade só foi necessário o sangue, mas quando eu tinha nove anos e ela onze ela me disse que não aguentava mais, que além de ela não gostar de ver meus pais me usando para salvá-la, ela sabia que estava morrendo, ela sabia que mesmo fazendo todas essas cirurgias ela ia morrer, ela havia aceitado que já estava morta, mas meus pais não, eu já havia entendido porém não aceitado. Demorou mais um ano e ela se foi, eu já me preparava des de o dia em que ela se abriu para mim, já meus pais não queriam acreditar, eles sofreram bastante, e já estão muito melhor do há uns anos atrás, me orgulho pela recuperação deles mas as vezes me sinto inútil já que me queriam para salvar minha irmã, eu faria de tudo para salvá-la mas eu queria viver- eu suspirei- enfim, agora eu estou melhor do já estive antes e consigo me sentir bem em casa
-Jack, Eu nunca imaginaria- ela me olhou muito profundamente como se me entendesse- meus pêsames- ela disse com vários sentimentos de tristeza na voz- ah, e uma coisa que eu não disse, Finn me fez ter sentimentos de novo- ela disse e sorriu.////////////////////////////////////////////////
História da mãe da Catarina inspirado pela série TEOTFWMUITO OBRIGADA MEUS ANJINHOS❤️❤️❤️
5 mil leituras já!!!!!Cap bônus: mais de 1000 palavras (:
— gente uma garota me perguntou se eu vou terminar essa fic, rlx que eu vou sim kkkkk
(Mana minhas dms aqui do Wattpad n funcionam)
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Anotações ☁️ Finn Wolfhard (concluída)
FanfictionCatarina não estava preparada para o que iria acontecer as 2:47 da manhã