Os Três Generais do Sombrio

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Como se um leque gigante e invisível  tivesse passado pelo ar levando a chuva consigo o tempo mudou ficando apenas nublado com faixas  do luar transpassando as nuvens.
Eli fitou a massa volumosa vir em sua direção. Alto como estava sofreria um grande impacto. O Machado do demônio tinha dois lados afiados que reluziam mesmo a meia luz. O cabo era longo, e na base havia uma corrente que parecia estar presa a mão dele.

O demônio desferiu um golpe direto e Eli o parou com sua espada a centímetros de sua face. O som que parecia metálico  ecoou preenchendo o silêncio deixado pela chuva. Faíscas saíram onde as armas se chocaram. Sentiu suas botas se afundarem na grande pedra pela força da criatura. Esta tinha um cheiro repugnante, como cadáveres e esgoto. Suas íris  eram tão grandes e negras que mal parecia ter pupilas. Seu rosto não era deformado como de alguns outros demônios, era branco mais com algumas pequenas cicatrizes visíveis. Suas asas eram negras e pareciam estar muito molhadas e pesadas no momento. O demônio parecia uma mutação do anjo que um dia ja fora. Era enorme possuía um par de chifres retos na cabeça com uma curvatura nas pontas, os músculos das costas e pescoço que estavam visíveis eram tão grandes que pareciam que estourariam ao menor  toque.
Eli concentrou sua força na perna,  dobrou o joelho e desferiu o golpe no gigante que voou alguns metros caindo de costas no chão com os braços abertos mais sem deixar cair seu Machado. A aura envolta dele era tão maligna que fez o estômago de Eli se revirar. Mais não esperou que se recuperasse. Rapidamente alcançou o pegando pelos pés, e o jogou contra um paredão de pedras a alguns metros dali. Centenas de pedras voaram pelo ar enquanto o demônio afundava no paredão. Minutos depois o mesmo apareceu sujo de barro e poeira tirando algumas lascas  do cabelo. Limpou um filete de sangue que escorria pela sua boca então sorriu.
- Certamente sua força é anormal para um humano comum. - então colocou seu Machado sobre o ombro. - Mais se essa é toda sua força, não poderá me vencer -desdenhou. 

Mesmo nesse tom zombeteiro Eli pôde sentir que o demônio sofrera algum impacto com seus golpes. Seu corpo não estava livre de ferimentos.

-- Estava testando minha força demônio?  - perguntou ele.

- Confesso que estou decepcionado. - disse dramaticamente. E assim que as palavras saíram de sua boca. Ele disparou contra Eli.

Eli sentiu seu rosto ser esmagado pelo punho do demônio. Sentiu seu corpo ser arremessado, logo suas costas se chocaram contra a mesma pedra em que antes esteve de pé. Se sentiu tonto por um instante a mão dele era duas vezes o tamanho de sua cabeça.

- Eu Argus o terceiro general do Sombrio acabarei com você que em outrora ja fora chamado de o lendário caçador de demônios.

Com uma velocidade incomum, Argus surgiu bem a frente de Eli pegando o pela gola da jaqueta levantando o alguns metros do chão. Eli em vão tentou se soltar parecia um boneco perto do inimigo. Este deu lhe uma cabeçada. Depois o lançou ao chão com uma força descomunal fazendo que afundasse vários metros.
Eli sentiu cada centímetro do seu corpo doer. Principalmente sua cabeça." Foi um belo golpe"pensou. Se levantou de um salto, o demônio continuava no mesmo lugar com um sorrizo no rosto.

- Parece que estamos no mesmo nível em força - disse o demônio sentindo uma fúria escondida pois não percebeu nenhum ferimento evidente no guardião. Mais tudo bem pois tinha um poder em suas mãos que era desconhecido para o mesmo.

- Vamos parar de medir forças. Não tenho tempo. Tenho uma filha pra criar. - disse Eli afinal deixará a menina dormindo e não sabia se sua empregada Maria acordaria caso ela chorasse.

- Sendo assim - disse o demônio.

Ele ergueu sua mão fechada, então quando a abriu debaixo dos pés de Eli surgiu uma fenda emanando calor então ele caiu para o que parecia lá em baixo pura lava.
Antes que caísse ainda mais Eli fincou a espada na parede sentindo suor escorrer por seu corpo estava tão quente mesmo ali perto da borda. As paredes começaram a se fechar rapidamente,  logo ele dobrou os joelhos tomando impulso e saltou chegando a superfície onde o demônio o encarou estupefado. A fenda se fechou no mesmo instante. Ainda em pleno ar Eli materializou  sua espada e atacou um golpe direto que o partiria em dois. Mais uma parede de terra apareceu servindo de escudo ao monstro e ela acabou sucumbindo em seu lugar.
Eli espantado saltou novamente e desferiu um golpe contra o peito do demônio, havia um cordão com um pequeno saco de pano pendurado. Os olhos de Argus se arregalaram e desviou um pouco fazendo com que a espada fincasse onde seria seu coração. Eli forçou a espada para que o atravessasse mais mesmo soltando sangue pela boca o demônio conseguiu segura lo jogando o para longe. Seus joelhos dobraram, suas palmas encontraram o chão e ele vomitou sangue.

Amaldiçoada: O Poder Dos Selos_A Jornada de Eli Onde histórias criam vida. Descubra agora