A visão da bruxa

82 51 47
                                    

Depois de minutos Eli chegou a varanda de sua casa. Apoiou sua mão em um dos pilares. Finalmente seu corpo esfriou e agora podia sentir uma dor latejante em seu nariz. Estava quebrado a dor era suportável teria que coloca lo no lugar logo. Seu corpo inteiro estava dolorido. Tivera uma boa luta, se o demônio fosse um pouco mais esperto poderia ter sido  derrotado por ele com aquele poder especial.
De repente escutou um murmúrio vindo da casa, sabia que era Maria de certo a menina havia acordado. Sem demora entrou porta a dentro sem se importar com a sujeira que trazia para dentro de casa. Encontrou o que procurava em uma poltrona de frente a lareira acesa. Ela cantarolava uma canção. 

- Eli pode me explicar o que está acontecendo?-  disse interrompendo a música.

Maria estava de pijama com os cabelos bagunçados. Mais em nada atrapalhava sua beleza.
Eli sorriu ao vê-la com sua pequena nos braços. A menina brincava com um urso de pelúcia mordendo e babando enquanto gugunava.
Eli franziu o cenho, algo estava diferente. A bebê não parecia assim tão frágil como antes.

- Ela parece diferente. - ele se aproximou ficando de joelhos. - Concerteza está diferente.

- Você está horrível. Pode me dizer o que está acontecendo? - pediu Maria novamente.

- Vou explicar tudo. Agora me dê a menina. - ele estendeu o braço a fim de pega la.

- Não mesmo você está fedendo a enxofre. - acusou ela- vou preparar um chá enquanto isso tome um banho. E depois quero saber de tudo.

Eli não pôde discutir sabia como era teimosa e realmente tinha que se limpar estava imundo e sua pequena não poderia ficar cheirando a demônio.

- Tudo bem. Você tem razão.

Ele se levantou, rapidamente a menina lhe lançou um sorrizo tão doce que pareceu derreter seu coração. Era tão linda. Tal como a mãe. Ou tão linda quanto àquela que a tinha agora nos braços.

- Papai já volta. - disse ele.

Percebeu Maria frazir o cenho e logo assentir para si mesma como se acabasse de entender algo. 

Não demorou muito no banho. Já tinha colocado seu nariz no lugar, queria o quanto antes segurar sua filha nos braços e ainda talvez Maria pudesse ter alguma idéia de como ajudá-los.
Seguiu para cozinha o cheiro de ervas preenchia o ar com um aroma gostoso. Sabia bem que o gosto nunca era dos melhores mais tinham um toque especial que só uma verdadeira bruxa poderia dar.
Maria foi salva por Eli de um demônio. Ela não praticava bruxaria mais estava no seu sangue. Na lua nova seria sacrificada pela criatura para lhe conceder poderes adormecidos mais felizmente foi resgatada por Eli e desde então tem cuidado de sua fazenda e quando necessário fazia essas combinações de ervas que lhe proporcionavam poderes curativos.

- Espero que o gosto tenha mudado - disse sorrindo ao contempla la.

Estava sentada a mesa com a menina sentada no tampo brincando ainda com o urso.

- Não se pode ter tudo não é? - brincou ela.

Eli pegou a menina no colo. Esta riu  alto, com suas mãos pequenas tocou cada um dos lados do rosto do pai fitando o parecia estar gravando os traços em sua memória.

- Agora sei o que está diferente- disse ele - quando a recebi ela parecia frágil e mais nova. Acho que ela cresceu em poucas horas. Percebe como o vestido está pequeno? 

- Ela não é normal. Não seria nenhuma surpresa. - falou Maria admirando o modo como Eli tratava carinhosamente a menina. - Como irá chamá la? 

- Estava pensando nisso enquanto voltava. O que acha de Alici? 

- E um belo nome combina com ela - disse gentilmente e com sinceridade. - algum motivo especial.

Amaldiçoada: O Poder Dos Selos_A Jornada de Eli Onde histórias criam vida. Descubra agora