- É um sucesso! Finalmente eu consegui, é mais uma incrível conquista para a ciência! - Disse o cientista Yuto.
- Em toda a minha vida eu nunca pensei que viveria tempo suficiente para ver isso acontecer, é real! A ciência pode mesmo clonar um ser humano perfeitamente! - Diz Laura, a assistente do professor Yuto espantada ao ver o sucesso dos testes que eles haviam feito.
- E pensar que meus esforços valeram a pena! Não consigo nem imaginar o rosto do meu filho quando ele vir isso! Ah, Carter, não estará mais só! - Diz yuto.
Mas, o momento de alegria deles é interrompido por uma grande explosão que lança Laura longe e doutor Yuto também.
- Laura? - Diz Yuto indo até sua assistente que estava desmaiada, pois havia batido a cabeça com força contra a parede - O que está acontecendo?
- Vão, vão, vão!
- Quem são vocês? - Grita Yuto abraçando Laura, tentado proteger a jovem cientista - O clone! - Yuto vê a câmara que continha os clones ser levada pelos homens encapuzados.
- Doutor... O que está acontecendo? - Dizia Laura acordando lentamente.
- Roubaram nosso clone Laura! Nosso duro trabalho... Roubaram o segundo clone que estava em processo de crescimento!
- Provavelmente queriam roubar os estudos e o progresso que o senhor teve ao conseguir criar os clones, mas isso eles não vão roubar! - Diz Laura levantando aos poucos com a mão na cabeça.
- Espere Laura! - Diz Yuto atento a pequenos ruídos - Eles ainda estão aqui!
- O quê? - Diz Laura.
Professor Yuto puxa Laura para o corredor e vão até a outra sala do laboratório onde estavam os outros testes que haviam feito e um último clone em processo de crescimento.
- Silêncio Laura, me escute com atenção! Eu quero que você pegue esse vidro com o clone e fuja, corra para longe onde não a encontrarão, vou coloca-lo no carrinho para poder empurrar, enquanto isso eu cuido desses canalhas!
O doutor colocou o enorme frasco de vidro em um carrinho de mão especializado para conter esses frascos. De um jeito que Laura pudesse empurrar enquanto corria.
- Doutor, mas e o senhor? Como vai ficar o senhor?
- Laura, eu dei à ciência a luz que tantos cientistas procuram há anos! E era isso que eu queria... Mostrar ao mundo que tudo é possível se não desistirmos! E por isso eu ainda tenho que te pedir um último favor, diga ao Carter que eu o amo mais que tudo nesse mundo!
- Professor, não fala desse jeito... - Diz Laura dolorosamente, quase que chorando.
- Achamos o segundo clone! Câmbio!
- Capturem, e exterminem as testemunhas! - Dizia a voz no rádio de um dos encapuzados.
- Positivo, desligo !
- Laura... Corre! Corre!
Laura começa a correr pelos corredores e salas do laboratório e apenas ouviu os barulhos dos tiros vindos da sala, mas continuou correndo em direção à saída.
No laboratório, doutor Yuto havia conseguido se proteger dos tiros ficando atrás de uma bancada de metal. Mas os homens o acharam logo, e o atingiram, ele como não era burro fingiu-se de morto.
- Uma das testemunhas foi exterminada. Indo atrás do alvo para exterminar a última testemunha.
Os homens saíram e foram andando pelo corredor. Doutor Yuto se levantou com poucas forças e dirigiu-se ao painel de comando do laboratório, levantou a tampa de vidro e apertou o botão de autodestruição. Depois disso sentou no chão perto do painel e observava todo o trabalho de uma vida ser resumido a nada.
As portas do laboratório e da casa se fecharam e por mais que corressem os homens encapuzados ficaram presos. A única que conseguiu sair a tempo foi Laura com o carrinho, mas não conseguiu chegar tão longe, a explosão ainda a atingiu, impulsionando-a e ao seu carrinho para longe, o que fez com que o frasco rompesse expondo o clone.
Ao anoitecer Gildo que havia ido buscar Carter no Hospital dá uma carona ao amigo para que este pudesse descansar em sua residência.
- Finalmente cheguei a minha casa. - Diz Carter.
- Carter... Este é mesmo o seu endereço? - Diz Gildo que já havia tirado o capacete e estava em frente à casa de Carter.
- Ora Gildo, mas é claro que essa é minha... Casa... - Diz Carter também tirando o capacete e vendo o estado em que sua casa se encontrava.
- Carter, Carter! - Emili o avista e vai gritando ao seu encontro.
- Emili o que houve aqui? Cadê meu pai? - Pergunta Carter sem saber por onde tentar entrar em casa já que tudo estava em chamas.
- Calma cara, se desesperar não vai ajudar em nada agora! - Diz Gildo tentando conter o amigo que acabara de voltar do hospital.
- Meu pai ouviu um barulho muito alto vindo de sua casa e quando veio ver apenas achou destroços e duas mulheres desmaiadas lá atrás...
- Duas mulheres?
- Uma eu não sei direito quem é, mas a outra...
- Quem é a outra Emili?
- É a Bruna! - Diz Emili tão assustada quanto Carter.
Carter começa a correr até a casa de Emili para ver as tais mulheres, pois em sua cabeça mais nada fazia sentido.
- Carter? - Diz Maira assustada.
- Onde ela está? - Diz Carter com pressa.
- Carter espera... - Diz Emili novamente tentando alcança-lo.
- Emili, você contou a ele? - Perguntou Maira à filha.
- Sim mãe, não imaginei que ele ficaria tão agitado!
- Carter, finalmente você voltou meu jovem! - Diz Felipe o abraçando, mas não o contendo.
- Bruna... É ela mesma! - Diz Carter assustado vendo o corpo no chão da garagem de seu ex-sogro.
- Eu não sei como isso aconteceu, mas encontrei as duas em frente à porta dos fundos da sua casa com alguns ferimentos, na hora também não acreditei! - Diz Felipe a Carter.
- Essa mulher, é a assistente do meu pai, mas onde está ele? - Diz Carter ficando cada vez mais assustado.
- Carter... Nós tentamos de tudo e não o encontramos... E ouso dizer que ele estava na explosão... - Diz Maira.
- Não... Não é possível! - Carter começa a deixar as lágrimas rolarem novamente em seu rosto - Pai... Pai!
- Calma cara a gente está com você! - Diz Gildo tentando ajudar o amigo!
- Veja, a Laura está acordando! - Diz Felipe indo ajuda-la.
- Ah, meu braço! - Diz Laura tentando levantar!
- Calma, não se esforce tanto! - Diz Emili ajudando o pai a a cuidar da moça.
- Onde estou?
- Laura? Você está bem? O que aconteceu com vocês? Cadê meu pai? - Pergunta Carter agitado.
- Carter calma, a deixa levantar! - Diz Gildo.
- Eu estou apena sum pouco ferida, por causa da explosão no laboratório eu fui lançada longe! - Diz Laura tentando se pôr de pé.
- No... Laboratório? Do meu pai? - Pergunta Carter.
- Sim, o doutor Yuto estava a alguns meses tentando fazer um clone humano, um que fosse perfeito e estava testando isso em alguns animais pequenos para depois tentar definitivamente em humanos, mas quando finalmente conseguimos chegar a algum resultado o laboratório foi invadido por ladrões! Eles levaram um dos clones em desenvolvimento e por muito pouco não levaram também a este aqui! - Diz Laura vendo que o seu clone estava ao seu lado e a salvo.
- Esse aqui? - Diz Gildo.
- Não está falando da... - Diz Maira.
- Bruna! - Exclamou Emili.
- Mas e quanto ao meu pai, o que fizeram com ele?
- Nada! Seu pai me salvou, e a este clone! Ele apertou o botão de autodestruição, exterminando os ladrões, e infelizmente a si próprio!
- Isso que é pai! - Diz Gildo.
- Ele disse que te amava mais que tudo Carter e que tudo o que fez foi pensando em você! - Diz Laura.
- Mas de que adianta tudo isso se sempre que eu ganho algo logo perco outra coisa em seguida? - Diz Carter.
- Seja lá qual foi o motivo Carter, ele disse que te amava!
- Eu também o amava muito! - Diz Carter chorando.
- Mamãe! - Emili grita.
Um carro blindado quebra a parede da casa e outros homens saem de dentro deste e começam a invadir o recinto indo em direção à Bruna.
- São eles! - Dizem juntos Laura e Carter.
- São eles que querem levar o clone! - Diz Laura entrando na frente de Bruna.
- Ninguém toca na minha filha outra vez! Carter e os outros tirem Bruna e Emili daqui! Rápido! - Diz Felipe entrando na frente dos homens.
- Espera senhor Felipe... - Diz Carter.
- Eu disse para irem embora! - Diz Felipe pegando sua espingarda em algum compartimento da garagem.
- Você o ouviu, vamos Carter! - Diz Maira puxando Laura.
Gildo pegou o corpo de Bruna e Carter pegou Emili no colo.
- Não, papai! - Emili gritava angustiantemente.
- Cuidem de minhas filhas! - Gritou Felipe com suas últimas forças.
O barulho de tiro ecoou por todo o lugar, e eles continuaram correndo tentando salvar o clone.
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clonagem o amor ou a verdade
Science FictionCarter é um garoto de 17 anos que tem uma vida normal como qualquer outro garoto de sua idade, dois anos se passaram após a morte de sua namorada Bruna e seu melhor amigo Deiverson levando Carter a passar por dificeis perdas em sua vida, até que um...