Capítulo 08- Acre

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"Por mais que eu tente desviar tô sempre em sua direção, parece que eu soltei do mundo e segurei só na sua mão.."

1 semana depois..

Narração Luan*

- Como assim ainda não achou nada? Eu achei que você fosse o melhor investigador mas estou vendo que me enganei.

Digo irritado no celular,

- Desculpe Senhor mas, ele é esperto, eu não sei como mas essa última semana ele não foi em Lugar nenhum, só virou a noite em um bar e depois voltava pra casa ou ia a algum motel com alguma prostituta, nada demais.

Ele diz calmamente.

- Ou será que ele percebeu que você estava atrás dele?

Essa seria uma boa explicação para esse incompetente não conseguir fazer o trabalho dele.

- Impossível senhor,

E é essa calma que me dá mais raiva, enquanto ele não faz o trabalho dele direito Marina está nas mãos daquele lunático.

- Nada é impossível.- Afirmo, - Se você não está conseguindo dar conta fala agora que eu arrumo outro, um melhor que você.

Minha vontade é de tacar o celular na parede.

- Eu vou conseguir senhor, alguma pista, qualquer coisa, só preciso de mais um tempo.

Respiro fundo tentando pensar.

- Você só tem mais uma semana, se não achar nada, nem uma pista, não precisa mais me ligar.

E então finalizo a ligação e me deito na cama pensando em como posso fazer alguma coisa pra ajudar a Marina.

Olho as horas , 19:30 , ela está sozinha em casa, então Ligo pra ela que demora um pouco pra atender,

- Oi,

Ela diz calmamente,

- Você demorou, achei que ele tinha achado o celular,

- Eu escondo o celular muito bem, dentro da minha caixa de absorventes,

Ela ri mas percebo sua voz triste,

- Ei, o que houve? Sua voz está estranha,

- Só uma gripe.

Ela até tenta me fazer acreditar mas eu sei que não é só uma gripe.

- Fala a verdade Marina,

Imploro mas fica um silêncio do outro lado, eu sei que ela ainda está lá porque consigo ouvir sua respiração, porque se não fosse isso...

- Ele bateu em você de novo?!

Afirmo sabendo da resposta,

- Eu não fiz suco no almoço, ele se zangou ..

- Desgraçado! Eu vou matar esse animal!

Tento manter a calma na voz mas minha vontade é de ir lá e dar uma surra nesse cretino.

- Eu vou ficar bem,

Como? Como ela ficaria bem com esse animal lá?!

- Temos que dar um jeito de tirar ele de casa por alguns dias,

A ideia surge em minha mente,

- Como?

- Qual é a profissão dele?

- Ele não tem uma profissão fixa, já fez de tudo mas tem um ano que ele só faz bico (trabalhos temporários)

- Por uma boa quantia acha que ele viajaria para fazer uma entrega?

- Dinheiro é a lingua dele, mas que entrega ele faria?

- Iria até o Acre levar alguns móveis da minha tia para a casa que ela comprou lá no acre, ela foi morar lá mas a maioria dos móveis ficou aqui, ia mandar de avião mas de caminhão demoraria mais, demoraria dias.

Escuto sua risada finalmente.

-É um bom plano. Mas minha família ficaria como?

- Nesse tempo poderemos achar sua família, com ele longe fica mais fácil , eu vou manda lo para o Acre.

Sorrio malignamente comigo mesmo.

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