Capítulo 22- Luan, me ajuda, por favor

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"E agora não tem quem arranque você de dentro do meu coração.."

Narração Mar*

Eu não sei quando foi que acabou, quando foi que ele finalmente parou e resolveu sair , virar a noite como sempre.

Eu só sei que acordei caída no chão, tinha sangue no meu rosto, provavelmente por ter batido a testa já que a mesma latejava , o pior mesmo foi a dor no braço esquerdo quando tentei mexe lo, doeu de lágrimas caírem de meus olhos, doeu tanto , mais tanto que eu pensei que não ia passar nunca,

Engatinhei devagar até debaixo da cama onde eu escondi o celular na hora do nervoso quando Bruno voltou, eu ligo para Luan, precisava de ajuda.

- Achei que não quisesse mais falar comigo..

Ele diz ao atender,

- Luan...eu..

A voz falhou com uma pontada no braço,

- Marina o que aconteceu ? Fala !

Ele se desespera

- Você pode vir? Por favor..

Imploro.

- Já estou no carro.

Eu desligo e tento não me mexer, alguns minutos passam quando ouço a porta se abrir,

- MARINA ?

Ele chama,

- Aqui !

Falou o mais alto que consigo, ele então vem até o quarto.

- FILHO DA PUTA , DESGRAÇADO!

Ele diz ao me ver caída no chão.

- Meu braço Luan.

Choramingo ,

Ele se abaixa e tenta me levantar e me por na cama,

- Devagar tá? Vou ter que te levar para o hospital.

Sua voz soa carinhosa.

- Não, hospital não, eles vão fazer perguntas.

Digo quando ele me ajeita finalmente na cama.

- Vou chamar um médico aqui então, ele é de confiança, atende minha família quando estamos no Rio.

Faço que sim e ele pega o celular ligando para o doutor , ouço Luan dizer que eu cai da escada.

Quando volta para o quarto se senta ao meu lado.

- Temos que manter esse animal longe de você.

Ele diz e coloca um pano na minha testa, provavelmente para tentar tirar o sangue que está ali.

- Tô cansada disso, quem pode me proteger ?

Ele me olha nos olhos.

- Eu.

Ele Diz baixo.

- Eu não sabia que ele já tinha voltado, parece que ele bateu o caminhão enquanto voltava e bateu justamente onde estava o rastreador , então é provável que ele tenha parado de funcionar e ai..eu não vi..

Sua voz é de culpa,

- Não é sua culpa.

Olho o sangue na minha coxa, acho que bati o corte que eu fiz e agora voltou a sangrar, Luan olha para a mesma.

- Eu cortei, ele queria ... Cortei minha coxa e disse que estava naqueles dias, foi por isso a surra, ele não teve o que queria.

Luan fecha os punhos,

- Maldito , eu...

Seu celular toca,

- Deve ser sua namorada.

Digo pensando que ele não ouviria, mas ouviu.

- Não tenho namorada, na verdade só tem uma garota que me interessa e essa com certeza não é Daniela, na verdade , ela já voltou para Paris.

Eu ia comentar sobre quem é a garota que ele gosta mas somos interrompidos por batidas na porta, o médico chegou.

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