Capítulo 60- Sem pai

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"- A verdade é que...
- Diga !
- Eu amo você."

Narração Mar*

Ele me olha de um jeito surpreso, como só assim tivesse percebido a gravidade da situação, a gravidade do que ele havia falado.

- Mar. . .

Meus olhos já estão cheios de água, a decepção é visível em meu olhos, como eu pude me enganar tanto com uma pessoa?

- Eu vou criar meu filho sozinha, seja de quem for.

Afirmo , pois essa é a verdade, eu vou ama lo com todo o meu coração e nutri lo de carinho e ele não sentirá falta de pai nenhum, eu vou ser suficiente pra esse bebê e ele vai ser suficiente pra mim.

- Eu vou querer um teste de DNA quando a criança nascer, se for minha eu vou assumir.

Eu seco algumas lágrimas,

- Não, agora quem não quer sou eu.

Me viro e saio daquela sala com o resto da minha dignidade.

- Se for minha eu vou querer saber,

Ele caminha atrás de mim mas eu não respondo , quando vou passar pela porta da saída ele segura meu braço,

- Eu pago os exames, não se preocupa com o dinheiro e te dou uma pensão até o bebê..

Puxo meu braço com mais raiva ainda,

- Eu não quero seu dinheiro, não queto nada que venha de você, eu posso muito bem sustentar a mim e ao meu filho sozinha. Adeus.

Volto a andar para fora daquele lugar, para longe dele.

Seguro as lágrimas enquanto volto para a lanchonete, minha casa no momento não seria um bom lugar e eu teria que dar explicações de porque estava chorando, não queria dar explicações, só queria sumir.

- E então? - Dona Lilá pergunta ao me ver.

- Meu filho não terá pai, só mãe e eu terei que ser o suficiente. - Afirmo e dona Lilá me abraça.

- Não chora, você precisa ser forte pelo neném que está carregando.

Ela diz tentando me confortar.

E eu vou ser forte, pelo meu bebê, nada há de faltar para ele.

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