2050

Capítulo 57- Separação

"Porque ignorar dói menos do que ver você com ela."

Narração Mar*

- Eu posso explicar, por favor, me escuta..

Eu supliquei e tentei segurar seu braço mas ele não deixou, ele não me deixava chegar perto de jeito nenhum.

- Por favor Luan!

Pedi mas ele não respondeu, ele apenas me olhava como se eu estivesse imunda e era assim que eu me sentia.

- Precisa ir até a delegacia moça,

Um dos policiais me disse e quando voltei a olhar para o Luan ele já estava a caminho de seu carro,

- LUAN! - Grite e ele só olhou para trás apenas para dizer,

- Vá com os policiais, vou pedir para a sua mãe ir até a delegacia e você pode começar a morar na casa que eu dei a sua mãe ,

Ele estava me expulsando de casa ?

- Você não vai pelo menos me deixar explicar?

Tento uma última vez já transtornada, desesperada, eu não posso perdê lo, não posso!

- Eu não quero mais ouvir você, muito menos ver você. - Ele me destrói com essas palavras,

Respiro fundo e com o resto de dignidade que me sobra entro no carro da polícia, um dos policiais me dá uma blusa enorme e eu coloco por cima da camisa que eu estava, logo o carro começa a se mover, eu achei que pelo Menos Luan iria até a delegacia mas vejo quando o carro dele vai para outra rua, ele vai me deixar lá, ele vai me deixar!

Tento me manter firme e me segurar mas algumas lágrimas caem dos meus olhos mesmo que eu tente evitar,

- Chegamos,

O carro da policia para em frente a delegacia e eu desço, há vários repórteres e paparazzis lá que logo também me condenaram assim como o Luan me condenou,

Entro na delegacia e começo a dizer ao delegado tudo o que houve, na metade do assunto alguém bate na porta e sinto meu coração acelerar , será que era ele?

- Oi filha,

Minha mãe entra e eu a abraço , colo de mãe, é exatamente o que eu precisava,

- Cadê o Luan mãe? Ele tá esperando lá fora?

Pergunto me afastando um pouco,

- Ele não veio filha, e, bom..

Minha mãe respira fundo,

- Fala mãe, - Peço,

- O Luan pediu que levasse suas coisas até a outra casa,

Outra punhalada, dessa vez certeira no meu coração.