Eu tenho que parar de dormir em qualquer lugar.
Se bem que aqui não é qualquer lugar. Pensei comigo enquanto a Barbie revirava o estúdio em busca de vestígios do Cris, e de sua suposta traição.Como se fosse eu que dormisse com cara que tinha namorada. Ou ela havia esquecido disso? Não. Na verdade eu que esqueci que não quis assumir nosso lance.
-Bárbara tá mais que claro que ele não tá aí menina. -falei me sentando no colchonete, com um humor matinal de um velho.
-Onde ele foi? Vou esganar ele.
Gritava a mulher que antes era toda segura de sí, agora fora do sério. E eu tranquila da vida, juntava minhas coisas e dobrava o lençol fino, organizando o ambiente.
Era cedo demais, Cris não havia dormido comigo pelo que sabia e nem teria chegado pra trabalhar ainda. Então como que ela entrou no estúdio? Ele foi embora e me deixou ali com a porta aberta?
Sim, essa era minha preocupação no momento. O total descaso que ele teria tido comigo caso isso fosse verdade.
-Não, você não vai. Ele não dormiu aqui. E adoraria me explicar mais ainda tenho coisas a fazer antes de ir pro trabalho. -digo chamando sua atenção, que ainda não tinha voltado sua ira a mim.
-Você é muito cara de pau. -fala ela caminhando para perto. -Nunca quis nada com ele e agora que ele está comigo... - bate no peito, fazendo as palavras que saíam da sua boca parecer o discurso de um vencedor. - Você fica o rondando.
-Já disse que não tô afim de me explicar não foi? -falo suave.
-Sua consciência não pesa? -continuava ela com arrogância, que era compreensível.
-Não. PORQUE NÃO HOUVE NADA. -Parece que após meu grito, ela finalmente entendeu e se calou.
Na mão dela, meu chaveiro de boquinha, que era o símbolo da banda "Rollins Stones " a beijava entre os dedos. Meu irmãozinho tinha me dado no mesmo dia do passeio da foto. Tudo bem que o Cris pagou pra ele me presentear, mas era uma lembrança boa que se esmaecia como pó. Explicado, ele deu minha chave a ela. Meu dia tinha começado tão lindo com a mensagem do Victor, que nem quis me chatear com aquilo agora. Apenas fui embora.
Em frente o local, Cris vinha chegando com umas sacolas de plástico.
-Já vai? Achei que fossemos tomar café juntos. -diz ele sem imaginar o furacão que o aguardava.
-Três palavras. - sinalizo com os dedos. -Bárbara está aí.
-Mentira.
-É bom você entrar. -digo em uma expressão de "você está ferrado".
-Sim, eu vou resolver isso. -fala tranquilamente, como se a presença dela não fizesse muito importância.
-E... O chaveiro. Eu quero de volta.
-Vamos discutir por um chaveiro?-diz ele com pressa para entrar - E que chaveiro?
-Da boquinha. Ok, não vamos discutir por um chaveiro. Tudo bem que você quis a sua chave de volta. O estúdio é seu. Mas como você quis a chave que é sua, eu quero o chaveiro que é meu.
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Subversivo - AUEA
Любовные романыA vida insiste em mudar nosso destino constantemente, medos é comum! Com toda sua ironia ela brinca conosco, amor, amizade, emprego, brigas, transformações a todo tempo. E se em um de seus devaneios ela acaba juntando as pessoas certas por engano? P...