Cap. 18- Belo Horizonte

20 1 0
                                    

E aqui estou eu em Belo Horizonte, uma das cidades mais populosas do Brasil. Sozinha, sem conhecer ninguém ou pior conhecendo apenas uma pessoa. Nunca tinha viajado para cá antes, mas tinha todas as instruções e coordenadas que precisava, então esperava não precisar de ninguém ou melhor, deste alguém que me vem em mente.

Do aeroporto vou de táxi até o endereço me passado da filial da empresa. De cara a cidade me encantou por uma lagoa que passei, era tudo muito bem elaborado, era outros ares a se respirar. Lá na empresa ao me identificar sou bem recebida e logo faço amizade com a Juliana e o Rafael, que fez questão de me levar a hospedaria em que eu iria ficar. 

Apenas uma semana era o prazo estimado para eu ficar aqui, mas este é o segundo dia e já parece ter se passado uma eternidade, não posso nem sair para conhecer as atrações turísticas, porque de dia vou para a empresa e a noite não é confiável para mim sair só, numa cidade desconhecida. Esse tempo longe tá sendo bom para me reorganizar e analisar como está minha vida, minhas metas pessoais. 

Hoje eu teria um encontro com o gerente de uma agencia de modelos que acha que me encaixo no perfil de uma campanha ao qual algum cliente deles está produzindo, como não pude ir, pedi para que o Cris cuidasse disso, parece abuso, mas não mandei ele me meter nessa de agendar o encontro. 

O Rafa e a Ju foram tão receptivos comigo que parecemos amigos de época. O Rafa era alto, branco e magricelo. A Ju, morena, da minha altura e com os cabelos castanhos escuro.  Combinamos de sair para descontrair e eles me levaram até um barzinho, ele tinha mesas do lado de fora e de dentro, uma turminha tocava pagode próximo ao balcão, o ambiente era agradável e as pessoas sorridentes, sentamos numa das mesas do lado de fora.

O Rafa e a Ju combinam o que vão beber.

-E você MC vai tomar o quê? -pergunta o Rafa que de cara me apelidou.

-Um refri. -sorri.

-Não mulherzinha, ele tá falando do acompanhamento, cerveja, wisk, pitu? - ela ri exageradamente, após a explicação, nos fazendo rir da risada dela.

-Um refrigerante gente! Eu não bebo isso aí. -respondo.

Eles ficam sem graça com minha resposta.

-Sério? Se soubéssemos teríamos ido a outro lugar. - fala o Rafa coçando a nuca.

-É a algum lugar onde servisse camarão e champanhes caros. -diz a Ju completando a frase do amigo.

Ponho a mão sobre o peito, me fingindo de ofendida. E eles riem da minha expressão.

-Ainda dá pra pegar um cinema eu acho.- diz Rafa olhando a hora no celular.

-Não gente de boa. Se divirtam como se eu fosse o amigo da vez. Sem intimidações tá?! -falo.

-Não vale, depois vamos ficar falando um monte de besteira e você rindo de nós. -Rafael diz, insistindo para os acompanhar.

-Essa é a melhor parte de acompanhar gente bêbada!  -Dou uma piscadinha e ele se levanta da mesa. 

-Beleza vou fazer o pedido. 

 A Ju volta a minha frente, observa o Rafa no balcão em tempos.

-E você e o Rafa?

-Uhm.- diz ela sem interesse.

-Não rola nada?

-Não, somos só amigos. -fala ela olhando constantemente para ele, assim como para todo o ambiente.

-As vezes amigos são os melhores amores.

Ela me olha com estranhamento e percebo que ela ouviu meu comentário.

Subversivo - AUEAOnde histórias criam vida. Descubra agora