Caio nos leva até o seu apartamento, Victor estava bem. Mas ainda não se sentia confortável para voltar para casa, ele ainda não estava pronto para assumir para a família, que não era tão forte quanto parecia.
-Mel, vou comprar algumas coisas que estão faltando, você da uma olhada nele? -fala o Caio visando o Victor como um garoto travesso.
-Claro. -me sento ao lado dele.
-Eu não preciso de babá. -Replica o Victor.
-Então tá, menino birrento. Vou embora. Vamos Caio. -Levanto me, mas sou puxada pelo Victor bruscamente para sentar no sofá. -Que foi isso?
-Não. Não foi isso que quis dizer. Quis expressar que estou bem, eu só preciso da minha namorada ao meu lado. -Ele me agarra pondo as pernas sobre mim, impossibilitando minha saída.
-Vou rápido se não enjoou com tanto...(Caio faz uma pausa dramática) doce de vocês.
-Desculpas. -Diz Victor me soltando.
-Pelo o quê? Por estar doente?
-Não. Mas pela forma que você descobriu. -diz com a voz envergonhada.- Eu não estava preparado.
-Pra me contar a verdade?
-É! Que tipo de garota iria querer se prender a um condenado à morte? -fala ele com pesar, que chegou doer o coração.
-Se você fosse rico...(começo, quebrando o clima novamente) a maioria que conheço.
-Jura? -responde empolgado e com sorriso largo. -Acho que vou começar divulgar então.
-Aaaah. Eu disse, se fosse rico!
-Você também? -pergunta se aproximando.
-Se me juntaria a você, porque está pra morrer?- riu com deboche. -Nem se fosse multimilionário. Eu sei o quanto você é irritante.
-Aí! -finge está sentindo uma dor no peito.
-Se eu estou com você, é porque sei que apesar desse ser prepotente, esnobe, dominador...
-Ei. -me interrompe ele.
-Posso concluir? -ele afirma com a cabeça.
-Por favor, logo.
-Descobri que você é bom sujeito.
Ele se vira e começa, se gabando. -Que apesar de lindo, charmoso, inteligente...
-Arrr.
Ele gargalha da minha cara. Mas logo fecha o sorriso.
-Ainda está condenado. -afirma sem me olhar nos olhos.
-A verdade, é que todos estamos condenados a morte. Nunca sabemos quando ela virá, se por uma doença, acidente, ou um mal súbito. Mas simplesmente ignoramos o fato dela existir, para podermos viver. Até que uma hora de forma surpreendente ou não, ela nos visita.
-Melissa...
-Por outro lado, é saber que a morte existe, que nos faz querermos viver.
Ele permanece calado, como se refletisse minhas palavras. E finalmente senti necessidade de falar algo a mais.
-Eu te amo.
Mas não era de se esperar, o feitiço veio contra o feiticeiro e ele usou meus joguinhos.
-Para. Você só está falando isso porque acha que vou morrer. -Ouvindo até parece que ele pensava isso mesmo. Mas seu sorriso ia de canto a canto e não negava que ele sabia a verdade.
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Subversivo - AUEA
RomansaA vida insiste em mudar nosso destino constantemente, medos é comum! Com toda sua ironia ela brinca conosco, amor, amizade, emprego, brigas, transformações a todo tempo. E se em um de seus devaneios ela acaba juntando as pessoas certas por engano? P...