Cap. 22 - Saída do hospital

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Caio nos leva até o seu apartamento, Victor estava bem. Mas ainda não se sentia confortável para voltar para casa, ele ainda não estava pronto para assumir para a família, que não era tão forte quanto parecia.

-Mel, vou comprar algumas coisas que estão faltando, você da uma olhada nele? -fala o Caio visando o Victor como um garoto travesso.

-Claro. -me sento ao lado dele.

-Eu não preciso de babá. -Replica o Victor.

-Então tá, menino birrento. Vou embora. Vamos Caio. -Levanto me, mas sou puxada pelo Victor bruscamente para sentar no sofá. -Que foi isso?

-Não. Não foi isso que quis dizer. Quis expressar que estou bem, eu só preciso da minha namorada ao meu lado. -Ele me agarra pondo as pernas sobre mim, impossibilitando minha saída.

-Vou rápido se não enjoou com tanto...(Caio faz uma pausa dramática) doce de vocês.

-Desculpas. -Diz Victor me soltando.

-Pelo o quê?  Por estar doente?

-Não. Mas pela forma que você descobriu. -diz com a voz envergonhada.- Eu não estava preparado.

-Pra me contar a verdade?

-É! Que tipo de garota iria querer se prender a um condenado à morte? -fala ele com pesar, que chegou doer o coração.

-Se você fosse rico...(começo, quebrando o clima novamente) a maioria que conheço.

-Jura? -responde empolgado e com sorriso largo. -Acho que vou começar divulgar então.

-Aaaah. Eu disse, se fosse rico!

-Você também? -pergunta se aproximando.

-Se me juntaria a você, porque está pra morrer?- riu com deboche. -Nem se fosse multimilionário.  Eu sei o quanto você é  irritante.

-Aí! -finge está sentindo uma dor no peito.

-Se eu estou com você, é  porque sei que apesar desse ser prepotente, esnobe, dominador...

-Ei. -me interrompe ele.

-Posso concluir? -ele afirma com a cabeça.

-Por favor, logo.

-Descobri que você é  bom sujeito.

Ele se vira e começa, se gabando. -Que apesar de lindo, charmoso, inteligente...

-Arrr.

Ele gargalha da minha cara. Mas logo fecha o sorriso.

-Ainda está condenado. -afirma sem me olhar nos olhos.

-A verdade, é  que todos estamos condenados a morte. Nunca sabemos quando ela virá, se por uma doença,  acidente, ou um mal súbito. Mas simplesmente ignoramos o fato dela existir, para podermos viver. Até que uma hora de forma surpreendente ou não, ela nos visita.

-Melissa...

-Por outro lado, é saber que a morte existe, que nos faz querermos viver.

Ele permanece calado, como se refletisse minhas palavras. E finalmente senti necessidade de falar algo a mais.

-Eu te amo.

Mas não era de se esperar, o feitiço veio contra o feiticeiro e ele usou meus joguinhos.

-Para. Você só está falando isso porque acha que vou morrer. -Ouvindo até parece que ele pensava isso mesmo. Mas seu sorriso ia de canto a canto e não negava que ele sabia a verdade.

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⏰ Última atualização: Nov 10, 2020 ⏰

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