Gente,
Nesse capítulo tem o avatar da Anabel.
Diego
Quando escutei o som da campainha, saí quase correndo do escritório, já fazia alguns minutos que eu estava sentado ali, lutando comigo mesmo para não ir até ela e pedir que ficasse. Era ridículo eu sabia, havia dito a ela que poderia ir embora e recusava-me a dizer a ela que tinha mudado de ideia e agora queria que ficasse. Imaginei que ela havia esquecido alguma coisa e voltara para buscar, nem por um segundo me passou pela cabeça que encontraria Anabel na porta do apartamento e que Paola estaria em sua frente.
Quando ouvi Anabel perguntar quem era ela, me adiantei em responder. Não queria ter que explicar nada naquele momento. Não que devesse explicações de minha vida a Anabel, mas ela poderia fazer da minha vida um inferno por causa de uma mulher, era extremamente ciumenta comigo. Só não imaginei que Paola ferraria com tudo, dizendo com todas as letras e em alto e bom som que era uma prostituta. Deixando Anabel em choque e provavelmente com mais perguntas do que teria se eu tivesse dito que ela era uma namorada. Inferno! Qual o problema dessa garota?
Depois que a maldita saiu rindo da situação em que me deixara, com certeza imaginando que Anabel era minha namorada, a porta foi fechada violentamente.
— Diego! Não acredito que você caiu tanto! Uma prostituta? — Anabel indaga furiosa com as mãos na cintura.
Droga, aquilo era o que menos precisava no momento.
— Anabel, não comece. Já falei um milhão de vezes que o que eu faço da minha vida diz respeito somente a mim. — Digo friamente, já me virando e indo para a cozinha sendo seguido por ela.
— Diego como pôde?! Diga-me que essa foi a primeira vez?! — Ela insiste.
Abri a geladeira e peguei uma garrafa de água, abrindo e dando um gole. Apoiei uma mão no tampo de mármore da ilha central encarando-a. As vezes sentia que Anabel precisava de limites. Ela parecia uma namorada ciumenta e não uma irmã, mas também sabia que isso era excesso de carência, ela morria de medo de me perder.
— Anabel, eu dormi com ela tá legal. — Afirmei sério continuando. — Você precisa entender que as mulheres com que eu saio não são da sua conta, eu sei me cuidar.
— Não acredito! Como pode me tratar assim? Você sabe que eu só me preocupo com você Di. Não quero que saia com esse tipo de mulher. É nojento. — Anabel parecia genuinamente magoada e isso me confundiu um pouco.
Bebi o resto da água e deixei a garrafa sobre o balcão, fui a até ela abraçando-a apertado. Eu a amo e sei que ela também me ama, e esse comportamento é apenas causado por seu ciúme bobo.
— Você é uma tola sabia? — Beijo seus cabelos e ela funga enterrando o rosto no meu peito, me abraça pela cintura e me deixa acaricia-la.
— Não gosto de ver você com outras mulheres. Sei que sai com elas, mas não gosto quando vejo. Um dia você vai se casar e deixar de cuidar de mim. — Ela diz baixinho e sinto que está quase chorando.
— Nunca sua boba. Você e Helena são minha família. Jamais vou deixa-las. — Beijo novamente seus cabelos loiros.
— Agora vem e me diz porque está aqui tão cedo. — Digo segurando-a pela mão e levando-a para a sala.
— Não é cedo, já são mais de onze horas. — Retruca.
— Para você isso é quase madrugada ainda. — Provoco e ela ri.
Tinha vontade de voltar para o quarto e me deitar na cama para sentir o cheiro de Paola mais um pouco, mas com Anabel ali não seria uma boa ideia, até porque agora ela sabia o que eu tinha feito lá.
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Salve-me
RomansaDiego é jovem, bonito e rico. Apesar de ter sofrido perdas irreparáveis ainda muito jovem, soube dar a volta por cima e assumir as responsabilidades que a vida lhe impôs. Sempre usufruindo o que a vida tem de melhor e o que seu dinheiro e boa aparên...