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Uma chuva incessante aparece atrás da janela, anteposta sobre uma cortina. O local é desagradável e tem um restígio de mau cheiro. Ela acorda com o barulho da chuva reclamando de dor, ao ver que está presa e dormiu sentada. Mas como? Está presa. Oh, que pena, querida. Como poderá se salvar? Onde está Deus? Cadê seu Deus que transforma e liberta vidas, faz milagres..? Há! Ele não existe não é mesmo? Imaginei. Vamos, tente se soltar. Estas cordas são as mais pesadas e mais fortes já existentes. Vá e clame por Deus agora, mocinha, sim? Vejamos se Ele vai te atender. Realmente, como imaginei. Cadê o Deus ao qual você se entregou? Onde Ele está agora?
Responda-me! Hahahaha
Só me basta rir agora de sua desgraça, nova convertida!

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- Não, não, não.. QUEM É VOCÊ? Não...
Acordo chorando, gritando e completamente suada. Que sonho foi este? Diria que foi um pesadelo. Sarah, minha irmã, aparece junto de meus pais. Ela veio com meu cunhado Alec para passarem uns dias aí até o Natal e Ano Novo.

- Rute querida, o que aconteceu? - minha mãe se pronuncia, parecendo preocupada.

- Não se preocupem, não se preocupem.. foi só um pesadelo. - tento soar o mais amigável possível.

- Tudo bem. - diz Sarah. - Pode dormir, ainda é cedo.

- Desculpe por acordar vocês.

- Está tudo bem agora, minha filha. Quer que eu fique aqui com você?

- Quero, mãe.

Dou espaço em minha cama que é de casal para minha mãe deitar. Eu e Sarah sempre dormimos aqui, já que nunca tivemos problemas de se mexer na hora de dormir. Agradeço a Deus por isso.
Saindo de meus pensamentos, oro e volto a dormir.

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Naara.

Minha cama é encostada a parede, omde fica a janela e eu amaldiçoo o dia por acordar com o Sol na minha cara. Argh. Viro-me para trás e vejo que Natan ainda está aqui.

Até que fica bonito dormindo hein, Naara, diz meu subconsciente.

Fecho as cortinas e debruço-me perto dele vagarosamente para que não seja acordado. Não me reprovo por tal ato. Após me cobrir, percebo que seus braços são quentes e aconchegantes. Sinto vontade de dormir e não sair mais dali.

Mas que droga, o que está acontecendo comigo? Nunca senti isso na minha vida. Não, amor não. Quanta babaquice! O Amor não existe. Não é amor. Só me sinto bem perto dele. Só.

Escuto a porta abrir e temo que seja minha mãe. Sinto que não é ela e que olhares estranhos estão sobre nós. Meu ouvido capta sons de uma mulher querendo gritar, porém sendo impedida de alguma maneira.

Viro para ver do que se trata. E me arrependo.

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Acordo num lugar desconhecido. Se não fosse pela minha má postura, talvez não estivesse acordado. Sinto que não estou nos braços de Natan e o frio percorre todo meu corpo. Onde estou tem um certo mau cheiro e, ao levantar minha cabeça, vejo dois homens olharem para mim com sorrisos sarcásticos. Eles se aproximam e eu tenho medo.

Mais um motivo para não acreditar em Deus. Se Ele realmente existisse, por que deixaria que eu estivesse aqui e agora?

- Olha, Magnon, a boneca acordou. - diz um homem que não sei quem é para o outro que está ao seu lado.

- Vejo que sim. O que faremos com ela, Pig? - Magnon se direciona para o outro homem, Pig.

- Fique aqui tomando conta dos dois enquanto eu vou falar com o chefe.

"O Amor, amou." (3:16)♥ (Concluído) Primeira TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora