Rima Popular Periférica

A Minha História

Com música no ouvido,
O meu mundo surgia,
E eu me perdia a escrever.

Antes muito eu pedia,
Hoje aprendi também,
A agradecer.

E uma pá de coisa acontecia,
Ganhava, perdia, vivia,
E não me arrependo.

Mas dependendo do lugar e companhia,
Eu viajava, eu ficava... Eu sorria.
E me achava.

E já nem me lembro de quando lutava,
Se perdia ou se ganhava?
Eu acho que empatava.

A vida é feita das escolhas,
Umas boas outras ruins,
E assim eu aprendi a errar.

Mas um dia de tanto tentar acertar,
Eu acabo acertando,
Ou me encontrarei de novo tentando.

E escrevia,
Percorria, tropeçava e até caia,
Mas estava sempre de pé.

Até por que para o que der e vier,
Eu andava até sem chance,
Nunca sem fé.

E talvez tenha sido isso que me trouxe até aqui,
O que conquistei? O que vou levar?
São lembranças daqui.

Dormi,
E ainda não acordei,
Sonhando com um sonho que sonhei (e que ainda sonho)

Nos dias de sol, eu curti,
Nos de chuva eu lavei a alma!
Ou simplesmente fui criança.

Joguei bola, rodei pião.
Empinei pipa? Não.
Eu corri, de novo caí, me diverti.

Foi legal à beça,
Mas o fim tem seu inicio,
Depois que tudo começa.

E foi assim?
Acabou?
Teve fim?

Não e nem vai ter,
Mas essa parte da minha historia,
Eu ainda vou escrever.

Mas quando eu me perdia,
Perdido não estava,
No meu mundo me encontrava.

Com música no ouvido,
De novo eu pensava,
No que iria escrever.

Mas é aí que tá, eu descobri certo dia,
Que história nenhuma escrevi,
Eu "me" escrevia.

Também me apaixonei,
Por um cabelo, por um olhar,
Por um sorriso e lugar.

E o quanto eu sofri, já nem me lembro,
O sofrimento foi apagado,
Por quem me fez sorrir.

Chorar eu chorei,
Comemorar eu comemorei,
E de tanto cair eu me ralei.

Sarou!
E eu tava lá de novo pra tentar,
Ciente de que se eu caísse, eu teria alguém pra me levantar.

Eu bebi,
Eu fumei,
Experimentei! (e não vi graça alguma)

E o que passou, infelizmente passou,
Não volta nunca mais,
E se voltasse eu faria igual.

Igualmente escreveria,
Me perderia, me encantaria...
O que eu sou, eu seria.

E se hoje sou poeta,
Amanhã eu já nem sei,
Mas o que vier, de bom grado, eu aceitarei.

Só peço uma coisa a Deus, e ele não há de me faltar.
Que continue mandando os verdadeiros amigos,
Pra junto comigo caminhar.

Eu atuei...
Eu menti...
Verdade.

Desacreditei, acreditei,
Pensei...
Ainda to pensando...

E a cada espelho que eu ia quebrando,
Um pouco de mim ia ficando para trás,
Faz tempo já.

Enfim...

A minha história é feita,
De sucesso, decadência,
Sofrimento e felicidade.

É feita de muito sentimento
De Procedimento, Lealdade e Humildade.
E de cada loucura contida nela.

A minha história é escrita assim,
Misturando o começo o meio e o...
Não! Já disse, não tem fim.

Ainda não acabou...